Mercado livre de energia tem recorde de migrações no 1º semestre de 2023
Balanço da CCEE indica entrada de 3.330 unidades consumidoras no período, sobretudo de empresas ligadas ao comércio, serviços e indústria alimentícia


Balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) confirma o crescimento acelerado do mercado livre, que já representa mais de 37% da demanda total de eletricidade do país e tem atraído cada vez mais indústrias e empresas em busca de uma conta de luz mais flexível e personalizada.
O segmento ganhou 3.330 novas unidades consumidoras no primeiro semestre de 2023, volume recorde que representa um avanço de 52% na comparação com a primeira metade do ano passado. Ao final de junho, o ambiente acumulava 34,4 mil indústrias e estabelecimentos comerciais. A maioria é dos ramos de comércio, serviços e alimentos, que estão de olho na possibilidade de ter maior poder de decisão sobre o seu fornecimento de energia.
Leia mais: Brasil é 47º colocado em ranking de liberdade de consumo de energia
A maior parte desses novos pontos ainda está concentrada no Sudeste e Sul do país, regiões onde a industrialização é mais intensa. Porém, a CCEE chama atenção para um avanço significativo em estados como Pernambuco, Goiás e Ceará, que se tornam mercados com bom potencial de crescimento a partir da redução dos requisitos para migração de consumidores e da própria pulverização do ambiente livre.
“No mercado livre de energia os clientes podem escolher o seu fornecedor. Essa liberdade permite negociar prazos, valores, comprar energia sob demanda e de fontes renováveis. Ainda é um segmento restrito aos grandes consumidores, mas estamos trabalhando para que fique acessível para toda a sociedade”, disse a vice-presidente do conselho de administração da CCEE, Talita Porto.
A partir de janeiro de 2024, todos os consumidores ligados na alta tensão terão a opção de migrar para o ambiente, independentemente da sua demanda. Essa mudança está prevista na Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia (MME), que recebeu contribuições da CCEE. Com essa novidade, a Câmara de Comercialização estima um potencial de 72 mil novos pontos de consumo que terão viabilidade para escolher mudar para o segmento.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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