Mercado livre comercializou 50% da energia renovável gerada no país em 2021 

Cerca de 50% do total de energia gerada por fontes renováveis foi negociado dentro do mercado livre em 2021, representando um crescimento de 30%, indicam dados da a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Conforme a entidade, o consumo no ambiente de contratação livre (ACL) cresceu cerca de 6,1% nos últimos 12 meses, chegando a 35% do total do País.

Nesse período, 5.412 novas unidades consumidoras migraram para esse sistema, representando um aumento de 26%. A indústria é responsável por 85% do consumo no mercado livre, com destaque para os setores de Saneamento e Serviços, que aumentaram seu consumo de energia livre em 20,3% e 18% respectivamente.

O número de comercializadores no País também subiu, de 389 para 451 em 2021, passando a fornecer 65% de toda a energia transacionada no mercado livre e 39% de toda a energia transacionada no País.

“O modelo de comercialização do mercado livre gera incentivo para fontes alternativas de geração, em especial diante da crise hídrica que o mercado enfrenta. No momento, cerca de 35% do consumo do Mercado Livre vem de eólicas, biomassa, PCHs e solar”, explicou o vice-presidente de energia da Abraceel, Alexandre Lopes.

Maior abertura de mercado

Até o ano passado, para ser um consumidor livre - aquele que pode escolher sua energia proveniente de qualquer fonte de geração - a exigência era possuir no mínimo 1.500 kW de demanda contratada por mês, sendo esse requisito reduzido para 500 kW no caso de aquisição de energia de fontes renováveis de pequeno porte.

Este valor foi reduzido para 1.000 kW desde 1º de janeiro de 2022, ampliando ainda mais o público a ser beneficiado com a livre escolha da fonte. Em 1º de janeiro de 2023 a taxa deve cair para 500 kW.