Abertura do mercado livre deve estimular digitalização e gestão do consumo de energia

Grupo Safira avalia que a eletricidade passará a ser considerada uma matéria-prima do negócio por um maior número de empresas

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A abertura do mercado de energia vai estimular a digitalização e a gestão do consumo por parte das empresas, avalia o Grupo Safira. O entendimento é que a energia passará a ser considerado como mais uma matéria-prima do negócio, algo que hoje é reservado apenas a um seleto grupo de grandes consumidores.

Leia mais: Abertura total do mercado livre de energia pode gerar redução média de 15% na conta de luz

O coordenador de gestão e de inteligência de mercado da Safira, Raphael Vasques, afirma que, atualmente, não há qualquer ingerência no que diz respeito ao fornecimento de energia por parte das empresas, mesmo de alta tensão, que estão no mercado cativo, já que elas são atendidas por um único fornecedor, que é a distribuidora concessionária.

“Até por isso, dificilmente possuem uma área especifica interna para cuidar deste insumo. Com a migração para o mercado livre, as possibilidades se abrem, e a energia deverá passar a ser tratada como matéria-prima, com a criação de uma gestão específica e a procura de um fornecedor que oferecerá o melhor custo-benefício”, assinalou o coordenador.

Pelo lado dos agentes que atuarão para atender estes consumidores, como geradores, comercializadores e gestores de energia, a Safira também espera aperfeiçoamentos com a abertura do mercado de energia, de modo que a expectativa é do surgimento cada vez maior de soluções digitais que atendam esta nova demanda.

PL 414/2021

O projeto de lei 414 de 2021 (PL 414/2021), que trata da ampliação e abertura do mercado livre de energia no Brasil, está atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado pelo plenário da Casa, terá ainda que retornar ao Senado. 

Atualmente, para ser um consumidor livre, ou seja, negociar diretamente a compra de energia com o gerador ou com uma comercializadora, a exigência é possuir no mínimo 1.000 kW de demanda contratada por mês, sendo esse requisito reduzido para 500 kW no caso de aquisição de energia de fontes renováveis de pequeno porte.

Esse patamar normalmente só é possível para grandes consumidores, como uma indústria, por exemplo. A Safira destaca que a proposta traz a possibilidade do Ambiente de Contratação Livre (ACL) crescer, passando das atuais 30 mil para cerca de 250 mil unidades consumidoras de toda a alta tensão, a partir de janeiro de 2024, data prevista para a abertura a este tipo de consumidor.

Integram esse contingente grandes consumidores empresariais, comerciais e industriais que consomem entre 30 kW e 500 kW, e que hoje estão no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou mercado cativo, sem acesso aos benefícios do mercado livre.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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