Usinas de grande porte impulsionam importações de painéis solares no Brasil

O Brasil importou 1,8 GW em painéis solares da China no mês de outubro, mostra levantamento da consultoria InfoLink Consulting. Embora o número represente uma queda de 7,2% em relação a setembro, o volume corresponde a 75% do total das importações do continente americano no período (2,4 GW).

A análise indica que, apesar da menor demanda do mercado de geração distribuída em relação ao ano passado, a queda de preços dos módulos fotovoltaicos seguiu estimulando projetos de geração centralizada, levando a uma redução nos volumes de estoques no segundo semestre.

Ainda de acordo com a InfoLink, a China exportou 16,5 GW em placas solares em outubro, uma queda de 16,7% em relação a setembro, mas um incremento anual de 39,8%. O volume acumulado de vendas externas de janeiro a outubro atingiu 174,1 GW, 30,6% maior em relação ao igual período do ano passado e superado o total registrado no ano de 2022 (154,8 GW).

Europa e outros mercados

Em outubro, a China exportou 6,2 GW em módulos fotovoltaicos para o mercado europeu, uma queda de 18% sobre setembro e de 10% na comparação anual. No acumulado de janeiro a outubro, a Europa importou 91,6 GW em placas solares, 22,6% superior ao igual período de 2022.

A região da Ásia-Pacífico importou 5,9 GW em placas solares em outubro, queda mensal de 16%. No acumulado do ano, o volume atingiu 39,3 GW, um avanço de 43% sobre o mesmo intervalo de 2022, superando o número de importações registrado no ano passado inteiro (31,5 GW).

O Oriente Médio importou 1,5 GW em módulos em outubro, queda mensal de 20%, mas avanço anual de 200%. De janeiro a outubro, o montante chegou a 11,8 GW, crescimento de 68,6% sobre o mesmo período do ano passado, também superando o total importado em 2022 (8,4 GW).

Por fim, a África importou aproximadamente 449 MW em painéis solares da China, queda de 22,9% sobre setembro, mas um avanço significativo de 159% sobre outubro do ano passado. No acumulado do ano, o continente somou 7 GW em importações, mais do que o dobro do total registrado em 2022.