Liderada pela energia solar, geração renovável terá crescimento recorde em 2023
Acréscimo de capacidade global registrará marcas históricas nos próximos dois anos, mostra estudo da Agência Internacional de Energia


Liderado pela energia solar fotovoltaica, o acréscimo global de geração renovável deverá registrar volume recorde em 2023 e 2024, atingindo capacidade acumulada de 4,5 TW ao final do próximo ano, mostra estudo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
Conforme o relatório, a capacidade de geração renovável global deverá ganhar 440 GW em 2023, o maior crescimento anual já registrado, superando em mais de 100 GW o resultado de 2022. A energia solar responderá por 65% desse aumento, incluindo usinas de grande porte (geração centralizada) e pequenos sistemas (geração distribuída).
Leia mais: Energia solar deve superar produção de petróleo em investimentos em 2023
A energia solar continuará expandindo em 2024, alcançando quase 310 GW de capacidade acrescentada no ano. De acordo com a IEA, a queda dos preços de painéis, maior penetração da geração distribuída e políticas de incentivos para grandes projetos estão impulsionando maior acréscimo de capacidade tem todos os principais mercados do mundo.
O mercado livre de energia deverá contribuir para aproximadamente um quinto da expansão da geração solar e eólica em 2023 e 2024. Os EUA lideram o segmento de contratação de energia por empresas privadas, seguido pelo Brasil, Austrália, Espanha e Suécia.
Para o diretor executivo da IEA, Fatih Birol, a crise energética global mostrou que as renováveis são essenciais para tornar o fornecimento de energia não apenas mais limpo, mas também mais seguro e barato.
“Os governos estão respondendo com esforços para acelerar as instalações. Mas atingir um crescimento mais forte passa por superar alguns desafios importantes. As políticas precisam se adaptar as mudanças de mercado e as redes elétricas necessitam de manutenção e expansão para garantir que possamos fazer uso de todo o potencial da energia solar e eólica”, alertou o dirigente.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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