Fontes não fósseis representarão mais da metade da matriz elétrica da China em 2023

Fontes de origem não fóssil representarão pela primeira vez mais da metade da matriz elétrica da China em 2023, estima a agência estatal National Energy Administration (NEA). O órgão prevê que serão adicionados 160 GW em energia solar e eólica ao longo do ano.

O país tem como meta aumentar a proporção de fontes não fósseis de 47,3% para 51,9%, em termos de capacidade instalada de geração elétrica, e de 13,8% para 15,3% no consumo de eletricidade.

Além disso, a participação de fontes não fósseis no consumo total de energia chegará a 18,3%. Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Tecnológica da Corporação Nacional de Petróleo da China, esse número era de 17,4% em 2022.

O diretor da NEA, Zhang Jianhua, declarou que é necessário acelerar o planejamento e construção de um novo sistema de energia e promover uso da eletricidade em áreas estratégicas. Ele também destacou a importância de promover o desenvolvimento da geração distribuída, usinas nucleares costeiras e eólicas offshore.

Segurança energética

A NEA ainda detalhou que a produção de petróleo e gás natural terão aumento, visando o aumento de reservas. O diretor da NEA também apontou que a China reforçará o papel do carvão como um suporte de emergência e que a produção será mantida em níveis razoáveis.

Zhang afirmou que o órgão atuará para melhorar a confiabilidade de fontes não fósseis para garantir um suprimento energético limpo e diversificado. “O desenvolvimento de hidrelétricas reversíveis e do armazenamento de energia também serão acelerados. A rede de distribuição será reformada para suportar uma maior proporção de fontes não fósseis."