Europa, Índia e Brasil lideram importações de painéis solares chineses
Mercado brasileiro registrou 5 GW em compras de placas solares da China no primeiro bimestre de 2024, mostra levantamento da Infolink Consulting


A China exportou 43,1 GW em painéis solares nos dois primeiros meses de 2024, um crescimento de 45% em relação ao volume do mesmo período do ano passado, mostra levantamento da consultoria Infolink Consulting. Os três maiores importadores no bimestre foram Europa, Índia e Brasil, que responderam por 60% das vendas para o mercado internacional.
O Brasil importou 5 GW em placas solares chinesas no acumulado de janeiro e fevereiro, o equivalente a 76% do volume total do continente americano. Conforme a análise, a maior parte da demanda foi ocasionada pela construção de usinas de energia solar de grande porte no país.
Após um ano de 2023 impactado pela restrição da oferta de crédito, existe expectativa do aumento do financiamento de projetos de energia solar em razão dos seguidos cortes nas taxas de juros promovidos pelo Banco Central. A consultoria acredita que o segmento de geração centralizada seguirá sustentando a demanda por módulos fotovoltaicos nos próximos meses.
A elevação de 6% para 10,8% da tarifa de importação para painéis solares teve impacto limitado nos custos do desenvolvimento de usinas, mas pode ter motivado um adiantamento das compras, em razão das cotas semestrais de importação livre de taxação. Esse cenário pode resultar no enfraquecimento da demanda nos próximos meses.
Europa e Índia
A Europa importou 14 GW em placas solares da China no primeiro bimestre de 2024, redução de 18% em relação ao mesmo período de 2023. A avaliação é de que o mercado europeu de energia solar não deve registrar um crescimento significativa, com o apaziguamento da crise de energia desde o início do ano.
Índia e Paquistão foram os maiores compradores de módulos fotovoltaicos chineses nos dois primeiros meses do ano, com volume conjunto de 10,9 GW, respondendo por 66% do volume total da região Ásia-Pacífico. Em janeiro, a Índia importou 4,2 GW, superando os 1,5 GW do Paquistão. Em fevereiro, a liderança se inverteu, com o Paquistão totalizando 2,6 GW em compras, enquanto a Índia registrou queda mensal de 40%, com 2,5 GW em placas solares importadas.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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