Capacidade de produção de módulos pode chegar a 400 GW em 2021
Levantamento aponta que fabricantes mantém planos de expansão, apesar de dificuldades na cadeia de fornecimento


A capacidade produtiva global para módulos e células fotovoltaicos pode chegar a 400 GW e 325 GW, respectivamente, até o final de 2021, mostra pesquisa conduzida pela consultoria Clean Energy Associates (CEA). O levantamento apurou os planos de expansão das principais fabricantes do setor solar no segundo trimestre desse ano.
As empresas cobertas pelo relatório adicionaram em conjunto 45 GW de nova capacidade de módulos apenas no segundo trimestre, chegando a 245 GW. Ao final de 2021, devem ser acrescentados mais 45 GW por meio de expansões, ajustes e atualizações de equipamentos em linhas de produção.
A CEA também indica que 20 GW de nova capacidade de produção de células foram adicionados no segundo trimestre. A expectativa é que os fornecedores incluídos na pesquisa acrescente mais 40 GW até o final do ano.
Apesar desse potencial de aumento de produção, a consultoria destaca que os fornecedores de células, módulos e wafers seguem enfrentando dificuldades em razão de escassez e aumento de preços do silício policristalino.
Além disso, preços crescentes de aço, alumínio e cobre, juntamente com a disparada dos fretes internacionais, levou ao aumento de custos de projetos, criando uma demanda fraca no primeiro semestre para a maioria dos mercados.
Apesar desses desafios, a CEA acredita que o fornecimento global de módulos e células deve continuar expandindo ao longo do ano. As companhias já iniciaram a construção de grandes complexos industriais e devem manter planos de iniciar as operações de novas capacidades.
Produção de silício
O levantamento ainda mostra que novos projetos de expansão da produção de silício policristalino continuam sendo desenvolvidos, com a expectativa de 1,2 milhão de toneladas adicionadas até 2023.
A grande maioria da produção global deverá seguir na China, com 89% de participação. É estimado que a capacidade produtiva fora do país asiático supere 130 mil toneladas até 2023, 11% do mercado global, com a maior parte das operações industriais concentradas na Alemanha e Estados Unidos.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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