Brasil foi o país que mais importou placas solares chinesas no mundo em 2024
Mercado nacional registrou entrada de 22,5 GW em módulos fotovoltaicos da China no ano passado, mostra estudo da InfoLink Consulting


O Brasil foi o país que mais importou painéis solares da China em 2024, com 22,5 GW, volume 9% superior ao totalizado em 2023, mostra levantamento da consultoria InfoLink Consulting. O montante foi superado apenas pelas compras em conjunto da União Europeia.
O mercado brasileiro respondeu por 68% do total do continente americano. A segunda colocação regional ficou com o Chile, com 2,48 GW em placas solares chinesas. No acumulado do ano, as Américas registraram 33,28 GW em equipamentos importados.
Conforme o estudo, a China exportou 235,93 GW em módulos fotovoltaicos em 2024, crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Em dezembro, os cinco maiores compradores foram Brasil, Holanda, Índia, Arábia Saudita e Espanha, cujos volumes mensais representaram 42% do total mundial.
Avanço global
A consultoria aponta que o mercado global cresceu em 2024, com exceção da Europa. Outras regiões obtiveram forte crescimento: Oriente Médio com 99%, África com 43%, Ásia-Pacífico com 26% e as Américas com 10%. O crescimento total de 13% nos embarques de módulos fotovoltaicos superou as expectativas.
A Europa acumulou 94,4 GW em placas solares importadas ao longo do ano, queda de 7% em relação a 2023. Excluindo a Holanda, principal porto de entrada da União Europeia, a Espanha registrou o maior montante da região e ficou apenas atrás do Brasil no mercado global, com a entrada de 10,57 GW em equipamentos em 2024, queda anual de 10%.
Outros países s que se destacaram foram o Paquistão, a Índia e a Arábia Saudita, com volumes de importação anual de 16,91 GW, 16,73 GW e 16,55 GW, respectivamente.
Perspectivas para 2025
Em 2025, será importante observar fatores como o fraco momento econômico da Europa, o esforço de produção doméstica na Índia e o aumento das tarifas de importação no Brasil.
Leia mais: Aumento de impostos pode encarecer sistema solar residencial em 13%
Mercados emergentes, como o Oriente Médio, Sudeste Asiático e o Leste Europeu devem seguir crescendo. A estimativa da InfoLink Consulting é que a demanda global tenha incremento de 4% a 9%.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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