América do Sul deve adicionar 160 GW de energia solar até 2034

O mercado de energia solar da América do Sul deverá adicionar 160 GW entre 2025 e 2034, mostra estimativa da consultoria Wood Mackenzie. O crescimento será impulsionado por esforços de diversificação, crescente demanda por eletricidade e benefícios econômicos.

Conforme o estudo, Brasil e Chile responderão por 78% das instalações do continente. Projetos de geração distribuída deverão representar 48% da capacidade desenvolvida, com o compensação de crédito seguindo atrativa nos países da região.

Atrasos na rede de transmissão e aumento nos cortes de geração atrapalham o crescimento nos mercado mais maduros, incentivando o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos combinados com armazenamento de energia, especialmente no Brasil e Chile.

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“A transição para projetos de solar com sistemas de armazenamento nesses mercados é um desenvolvimento essencial. O Chile está liderando a adoção desse tipo de instalação no continente e servindo como campos de testes em relação aos desafios e soluções para países que já contam com uma alta penetração de renováveis”, declarou o analista da Wood Mackenzie, Felix Delgado.

Mercado livre e hidrogênio

O relatório também destaca o papel do mercado livre de energia na expansão da capacidade instalada. Na Argentina, contratos de compra e venda de energia em dólar são a principal via de crescimento de projetos solares.

No Brasil, 99% do atual pipeline de usinas fotovoltaicas deverá operar no Ambiente de Contratação Livre. Por outro lado, leilões do mercado regulado seguem com grande importância para mercados emergentes como a Colômbia e o Peru.

 A Wood Mackenzie ainda apontou que Brasil, Chile e Colômbia estão bem-posicionados para capitalizar o crescimento da demanda por hidrogênio verde, assim impulsionando o acréscimo de geração solar e diversificando o cenário de energia da região.