Agência internacional indica que só metas ambiciosas são insuficientes contra mudanças climáticas

As emissões de gases do efeito estufa estão caminhando para o segundo maior aumento da história. E boa parte dessa situação será registrada ainda em 2021. Este cenário ocorre porque o mundo não está se recuperando da crise da covid-19 de uma forma sustentável e o aquecimento global continua avançando para níveis perigosos. Apesar deste cenário, haverá um crescimento exponencial das energias renováveis no mundo.

A análise é do diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), Fatih Birol. Segundo ele “a geração de eletricidade renovável, incluindo solar e eólica, baterá recorde este ano.”

Para o especialista, é notório o alto nível de comprometimento dos países em metas ambiciosas contra mudanças climáticas, mas os “compromissos não são suficientes”. “Nós precisamos de mudança real no mundo real. Neste momento, os dados não casam com a retórica”, avisou.

“Para mudar este cenário, será necessário transformar todo o sistema de energia para alcançar a neutralidade em carbono e investir pesado em novas tecnologias para alcançar as metas. Isso significa cortar drasticamente as emissões de caminhões, navios e aviões. Também precisaremos do mesmo para indústrias de aço, cimento, química e agricultura”, afirmou.

De acordo com estudos da IEA, para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, metade da redução das emissões depende de tecnologias que ainda não estão disponíveis no mercado.