Preço da energia solar tem queda de 6% no Brasil no 1º semestre de 2024
Barateamento das placas solares puxou redução de custos para o consumidor final, mostra pesquisa da Greener


A energia solar apresentou redução média de 6% no preço para o consumidor final nos primeiros seis meses de 2024, mostra pesquisa da consultoria Greener. O levantamento levou em conta o custo combinado da aquisição e instalação do kit fotovoltaico de geração distribuída (GD), modalidade que permite a produção própria de eletricidade por meio de placas solares em telhados.
Conforme o estudo, esse patamar de queda se refere a sistemas de energia solar de até 75 kW. Para instalações de porte superior a 150 kW, o declínio foi ainda maior: 15%. A diminuição nos custos dos painéis solares foi um dos principais fatores que contribuíram para essa redução.
A Greener apurou que, ao longo do primeiro semestre, houve uma redução média de 16% nos preços dos kits fotovoltaicos de até 75 kW e de 19% nos sistemas de 75 kW a 5 MW. Já os preços dos serviços de integração para sistemas de menor porte apresentaram uma recuperação em relação a janeiro, embora com valores ainda abaixo dos praticados em 2022 e 2023.
No caso dos sistemas de maior porte, os preços médios de serviços de integração se estabilizaram para instalações de até 300 kW. Já para as usinas solares acima de 500 kW houve uma queda de 14% em comparação com os preços registrados no mês de janeiro.
Energia solar residencial
Ainda de acordo com o estudo, houve uma redução de 8% no preço final dos sistemas de energia solar residencial, com custo médio em junho de 2024 chegando a aproximadamente R$ 11.700 em comparação com os R$ 12.680 registrados em janeiro.
A participação percentual dos serviços de integração apresentou leve aumento em relação aos anos anteriores, representando cerca de 42% do custo do sistema fotovoltaico de 4 kW.
Utilizando como exemplo um sistema residencial que protocolou a conexão entre janeiro e julho de 2023 (GD II), o retorno do investimento médio no Brasil apresentou melhora de 10% em relação a janeiro de 2024, com o payback caindo de 3,4 anos para 3 anos. Na comparação com junho de 2023, a queda foi de 22,5%.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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