Minas Gerais retoma liderança na geração solar distribuída do Brasil
Estado se aproxima de 3 GW em capacidade instalada e volta a ultrapassar São Paulo no ranking nacional da modalidade


Minas Gerais retomou a liderança no segmento de geração solar distribuída (GD) do Brasil, mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Após ser ultrapassado por São Paulo no início de 2023, o mercado mineiro retomou a primeira posição do ranking nacional e está perto de se tornar o primeiro do país a alcançar 3 GW em capacidade instalada na modalidade.
Com 248 mil sistemas fotovoltaicos beneficiando 329 mil consumidores, Minas Gerais totaliza 2,98 GW de potência operacional na GD solar. São Paulo soma 2,97 GW, mas segue na liderança em termos de conexões e unidades consumidoras, com 342 mil e 378 mil, respectivamente.
As classes de consumo mais representativas do mercado de energia solar de Minas Gerais são a comercial e residencial, ambas superando 1 GW de capacidade instalada, superando instalações rurais (673 MW) e industriais (178 MW).
O município líder no estado é Uberlândia, com 128 MW de potência operacional em GD Solar, quarta colocada no ranking nacional de cidades, atrás apenas de Florianópolis (SC), Brasília (DF) e Cuiabá (MT).
Retomada de análises de projetos
Para o diretor de relações institucionais da Genyx e coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em Minas Gerais, Bruno Catta Preta, a recuperação da liderança do estado é consequência da retomada das análises para novas instalações de energia solar pela Cemig, após meses de suspensão.
Leia mais: Lentidão na análise de projetos trava investimentos em energia solar em MG
“Essa suspensão das ligações resultou não apenas na liderança do ranking, mas também no fechamento de várias empresas, principalmente no norte de Minas. Agora, com a retomada, rapidamente o estado recuperou a ponta. Novos projetos continuam sendo anunciados todos os meses, colocando Minas Gerais no caminho para se tornar um dos polos mundiais de produção de energia limpa”, disse Catta Preta.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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