Fator de simultaneidade reduz impacto tarifário da Lei 14.300 na energia solar
Entenda as vantagens de um sistema fotovoltaico bem dimensionado para a demanda real do consumidor


Sistemas de energia solar fotovoltaica conectados a rede após 7 de janeiro de 2023 passaram a ser sujeitos às novas regras de compensação de créditos, conforme estabelecido pela Lei 14.300, que institui o Marco Legal da Geração Distribuída. Embora essa mudança tenha trazido uma pequena redução percentual na média de economia mensal, o investimento segue extremamente vantajoso para o consumidor brasileiro.
Existe ainda uma forma de minimizar os impactos das novas regras tarifárias: fazer uso do fator de simultaneidade. A Lei 14.300 estabelece que um percentual será descontado nos créditos de energia compensados junto a distribuidora.
Isso significa que o consumidor deixará de abater o crédito de forma integral na conta de luz, com parte dele sendo utilizado para remunerar o serviço de distribuição. Porém, isso não se aplica a energia que é gerada e consumida simultaneamente, sem necessidade de ser injetada na rede elétrica.
Exemplo: um imóvel onde o pico de consumo ocorre durante o dia, fará uso da energia produzida pelo próprio sistema fotovoltaico, minimizando o uso da rede. Essa eletricidade de geração própria não é tarifada de nenhuma forma. Com isso em mente, é possível dimensionar o sistema e planejar ajustes conforme o perfil de consumo de qualquer casa ou empresa.
Um equipamento fotovoltaico perfeitamente ajustado para a demanda real do imóvel maximiza o uso simultâneo da geração e evita que excedentes sejam injetados na rede. Uma dica importante é programar serviços e tarefas que consomem mais energia para serem realizados durante o dia, como o uso de bombas de piscinas, aquecedores e eletrodomésticos.
Investimento segue vantajoso
As novas regras da Lei 14.300 trouxeram a percepção incorreta de que a energia solar deixará de ser vantajosa no Brasil e que os consumidores serão taxados pela geração fotovoltaica. Esse quadro catastrófico está longe de ser verdadeiro.
A economia mensal com a conta de luz segue muito alta, acima de 90%, e o payback médio do investimento foi pouco impactado, com o retorno do investimento levando apenas alguns meses mais. Além disso, a energia solar protege o consumidor dos aumentos na conta de luz e valoriza o imóvel onde foi instalado.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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