Apesar de alta nos estoques, importação de painéis solares segue em crescimento no Brasil

O Brasil importou 3,2 GW em painéis solares da China no primeiro bimestre do ano, respondendo por 70% do volume total do continente americano, mostra levantamento da consultoria InfoLink Consulting.

O desempenho indica uma retomada após um declínio nas importações no último trimestre do ano passado. Em janeiro, o crescimento mensal foi de quase 90%, atingindo 1,9 GW. O movimento foi solidificado em fevereiro, com 1,3 GW em módulos fotovoltaicos.

A InfoLink avalia que a recuperação pode ser atribuída a projetos com solicitação de acesso à rede realizadas antes do prazo indicado pela Lei 14.300, que estabeleceu o Marco Legal da Geração Distribuída.

Em antecipação às mudanças no sistema de compensação de créditos de energia, houve um forte aquecimento no mercado de energia solar do Brasil em 2022. Ao longo do ano, o País importou cerca de 18 GW em módulos fotovoltaicos chineses.

Conforme a consultoria, apesar da capacidade instalada na geração solar distribuída indicar uma alta nos estoques de equipamentos – atualmente o Brasil conta com quase 20 GW em operação – o desempenho no início do ano indica que a demanda do mercado deve ser sustentada ao longo de 2023.

O levantamento ainda aponta que a China exportou 14,85 GW em placas solares em janeiro, avanço anual de 55%. Em fevereiro, o montante foi similar, 14,82 GW, avanço de 6% em comparação ao mesmo mês de 2022. A maior parte dos equipamentos foi destinado ao mercado europeu.