Copom eleva taxa básica de juros em 1 ponto percentual para 12,75% ao ano
É o décimo incremento seguido da Selic, desde março de 2021; decisão foi justificada por pressões do ambiente externo e persistência da inflação ao consumidor


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem (04/05), por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano. É o décimo incremento seguido da taxa Selic, desde março de 2021, quando o patamar era de 2% ao ano, o menor da série história.
O órgão justificou o reajuste em razão da deterioração do ambiente externo, com nova onda de covid-19 na China e a guerra na Ucrânia, e a persistência da inflação ao consumidor brasileiro.
Em nota, o Copom afirmou entender que “a decisão pelo aumento reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2023.”
O comitê ainda indicou uma provável uma extensão do ciclo na próxima reunião, com um ajuste de menor magnitude.
CNI considera alta excessiva
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se posicionou contrariamente contra a medida e classificou a decisão do Copom pelo aumento de 1 ponto percentual como equivocada. Para a entidade, a taxa anterior, de 11,75%, já era suficiente para garantir uma trajetória de queda da inflação nos próximos meses, uma vez que a alta leva tempo para restringir a atividade e, consequentemente, segurar a alta dos preços.
“Este novo aumento da taxa de juros deve comprometer ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Para a indústria, a intensificação do ritmo de aperto da política monetária piora as expectativas para o crescimento econômico em 2022, com efeitos adversos sobre a produção, o consumo e o emprego”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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