Conta de luz segue com cobrança adicional no Brasil em julho

Bandeira vermelha patamar 1 foi mantida no país, trazendo custo extra de R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos

LÂMPADA INCANDESCENTE ACESA EM DESTAQUE SOBRE FUNDO PRETO, SIMBOLIZANDO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira (27/06) a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 para o mês de julho de 2025. A medida, que já esteve em vigor em junho, traz custo adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pela população do Brasil.

Conforme a reguladora, a continuidade do cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração de energia por hidrelétricas. Isso significa uma quantidade de água inferior do que o normal chegando naturalmente aos reservatórios das hidrelétricas. Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas.

Desde maio, quando a bandeira amarela foi acionada, os consumidores brasileiros enfrentam cobranças adicionais na conta de luz. Anteriormente, entre dezembro e abril, a bandeira tarifária permaneceu verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no país.

A bandeira tarifária é o sistema que sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia. Criado em 2013 pela Anel, visa dar maior transparência ao repasse desses custos na tarifa de energia. O sistema entrou em vigor em 2015. O sistema é composto por quatro patamares, representados por cores: verde, amarela, vermelha 1 e vermelha 2:

  • Bandeira tarifária verde: não traz custo adicional para o consumidor
  • Bandeira tarifária amarela: acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos
  • Bandeira tarifária vermelha 1: acrescenta R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos
  • Bandeira tarifária vermelha 2: acrescenta R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos

Afluências abaixo da média em julho

Conforme o boletim do ONS, divulgado também na sexta-feira, o cenário previsto para o mês de julho é de Energia Natural Afluente (ENA) abaixo da Média de Longo Termo (MLT) para três dos quatro subsistemas do país. 

A região Sul deve atingir índice de 113% da MLT. Para os demais subsistemas, os percentuais esperados pelo ONS para 31 de julho são: 82% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 66% da MLT no Norte; e 41% da MLT no Nordeste.

Os níveis de armazenamento em julho devem superar 60% em todos os subsistemas, com dois deles acima dos 90%: o Norte, com 96,5%; e o Sul, com 91,8%. No caso do Sul, se confirmada a previsão, será uma recuperação de 24,5 pontos percentuais dos patamares de Energia Armazenada (EAR), que iniciará julho com 67,3%. As estimativas para o Nordeste e para o Sudeste/Centro-Oeste são de 65,3% e 65,1%, respectivamente.

“Em junho, a região Sul já havia recuperado parcialmente o armazenamento e há a perspectiva de que esse padrão se mantenha em julho. Isso é o resultado da combinação de afluências mais elevadas e da política operativa do ONS, que esteve focada na recomposição dos níveis dos reservatórios daquele subsistema”, disse o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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