Conta de luz residencial tem aumento de quase 10% no Pará
Aneel aprovou revisão tarifária periódica da Equatorial; novos valores serão considerados, de maneira retroativa, desde 7 de agosto


A tarifa residencial de energia elétrica do Pará terá um aumento de 9,61%, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar a Revisão Tarifária Periódica da Equatorial Pará nesta terça-feira (15/08). Os novos índices serão considerados, de maneira retroativa, desde o dia 7 de agosto.
A Equatorial Pará atende 2,9 milhões de unidades consumidoras no estado. O efeito médio para consumidores de baixa tensão, classe que inclui as categorias residencial baixa renda, rural, industrial, comercial e serviços, será de 9,89%. Para alta tensão, haverá uma elevação de 15,79%, resultando em um efeito médio de aumento para o consumidor de 11,07%.
Leia mais: O que é cobrado na conta de luz? Conheça os componentes da tarifa de energia
A Aneel destacou que uma medida importante para o resultado deste processo tarifário foi a reversão parcial do diferimento aprovado em 2022. Com a postergação de parte do valor, a agência conseguiu amenizar o impacto do diferimento nesta revisão.
Para o diretor-geral, Sandoval Feitosa, “ao postergar parte do diferimento aprovado em 2022, estamos conciliando o respeito aos contratos, a capacidade de pagamento da população e o tempo necessário para o debate e aprovação de medidas estruturais para a definição das tarifas de energia elétrica”.
Conta de luz terá aumento médio de 16,6% no Brasil entre 2022 e 2030
A tarifa de energia elétrica terá um aumento de 16,6% no Brasil entre 2022 e 2030, mostra estudo elaborado pela consultoria Volt Robotics. A estimativa leva em conta a evolução de custos para baixa tensão em 26 distribuidoras que representam 90% do mercado do país.
A pesquisa contabilizou o impacto de diferentes componentes na variação de custos, como encargos, transmissão, energia e distribuição, além de simular o comportamento do consumidor de energia nos próximos anos.
Conforme o managing director da Volt Robotics, Donato da Silva Filho, o cálculo incluiu elementos como o perfil do consumo e demanda, as tarifas e custos no mercado livre de energia, regulado e na geração distribuída, migrações para o mercado livre e adoção da autoprodução.
Com o aumento médio de 16,6% nas tarifas de baixa tensão do país até 2030, o especialista avalia que consumidor buscará se proteger e ter mais controle sobre os custos. “Ele fará uso das armas que tem a disposição, como se tornar autoprodutor, migrar para o mercado livre ou instalar um sistema de geração distribuída.”

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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