Consumidores brasileiros ficaram 10,93 horas em média sem energia em 2022
Confira o ranking de desempenho das concessionárias de distribuição, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)


Os consumidores brasileiros ficaram, em média, 10,93 horas sem energia elétrica e enfrentaram 5,37 interrupções no fornecimento em 2022, mostra levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgado nesta quarta-feira (29/03).
Conforme a reguladora, ambos os indicadores apresentaram melhor em relação ao registrado no ano anterior. Em 2021, foram 11,78 horas em média sem energia e 5,99 interrupções em média, resultando em reduções de 7,2% e 10,4%, respectivamente.
O levantamento ainda mostra que o serviço ficou disponível, em média, 99,88% do tempo, em 2022. Os consumidores receberam um total de R$ 783 milhões em compensação por ocorrências no fornecimento de energia elétrica, um aumento em relação aos R$ 720 milhões em 2021.
Ranking de distribuidoras
A Aneel também divulgou o Ranking de Continuidade, que compara o desempenho de uma distribuidora em relação às demais empresas do País no quesito de continuidade do fornecimento de energia elétrica.
Foram avaliadas todas as concessionárias do País no período de janeiro a dezembro de 2022, dividas em dois grupos: concessionárias de grande porte, com número de unidades consumidoras maior que 400 mil; e concessionárias de menor porte, com o número de unidades consumidoras menor ou igual a 400 mil.
O Desempenho Global de Continuidade (DGC) leva em conta a duração e a frequência das interrupções em relação ao limite estabelecido pela reguladora. Quanto menor o DGC, melhor a avaliação da empresa.
Das empresas de grande porte, a campeã foi a CPFL Santa Cruz (SP), seguida pela Neonergia Cosern (RN) e Energisa Tocantins. As últimas colocadas foram a Equatorial Goiás, Equatorial Maranhão e CEEE Equatorial (RS). As concessionárias que mais regrediram no ranking foram a Copel (PR), que registrou queda de 12 posições, seguida por Energisa Sul-Sudeste, Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Elektro (SP) e Cemig (MG), todas com recuo de 4 posições em comparação a 2021.
Confira o ranking das concessionárias de grande porte:
- CPFL Santa Cruz (SP) - 0,52
- Neoenergia Cosern (RN) - 0,58
- Energisa Tocantins (TO) - 0,61
- Equatorial Pará (PA) - 0,62
- EDP Espírito Santo (ES) - 0,63
- Energisa Minas Gerais (MG) - 0,63
- Energisa Paraíba (PB) - 0,63
- Energisa Sul-Sudeste (MG/PR/SP) - 0,65
- Energisa Mato Grosso (MT) - 0,67
- CPFL Paulista (SP) - 0,71
- Energisa Mato Grosso do Sul (MS) - 0,72
- EDP São Paulo (SP) - 0,74
- Energisa Sergipe (SE) - 0,74
- Neoenergia Pernambuco (PE) - 0,75
- CPLF Piratininga (SP) - 0,75
- Neoenergia Coelba (BA) - 0,76
- Light (RJ) - 0,77
- Neoenergia Elektro (SP) - 0,78
- Enel São Paulo (SP) - 0,79
- Rio Grande Energia (RS) - 0,79
- Celesc (SC) - 0,81
- Copel (PR) - 0,82
- Cemig (MG) - 0,83
- Enel Ceará (CE) - 0,83
- Enel Rio de Janeiro (RJ) - 0,83
- Neoenergia Brasília (DF) - 0,93
- Equatorial Goiás (GO) - 1,10
- CEEE Equatorial (RS) - 1,57

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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