Bandeiras tarifárias ficarão até 63% mais caras para o consumidor a partir de julho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a atualização dos valores das bandeiras tarifárias, com reajustes que superam os 60% para a cobrança extra e são maiores que os propostos pela reguladora em abril. O novo regramento já será válido a partir de julho.

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A bandeira verde segue sem custo adicional para o consumidor e sinaliza condições favoráveis de geração de energia. A bandeira amarela terá valor adicional de R$ 2,989 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, aumento de 59,4% em relação a cobrança atual.

Para a bandeira vermelha 1, o reajuste foi de 63,6%, passando de R$ 3,971 para R$ 6,500 por 100 kWh. A bandeira vermelha 2 teve aumento menor, de 3%, de R$ 9,492 para R$ 9,795 por 100 kWh. Porém, cabe lembrar que esse patamar já havia sido reajustado em 52% em julho do ano passado, em meio à crise hídrica.

Reajustes anuais de distribuidoras

A Aneel também aprovou o reajuste tarifário anual de cinco distribuidoras. A Cemig, que atende Minas Gerais, terá aumento médio de 8,8% para os consumidores a partir desta quarta-feira (22/06). Na mesma data, terá efeito o reajuste médio de 16,57% para consumidores da Energisa Minas Gerais.

Também entram em vigor nesta quarta-feira os aumentos médios de 4,9% da Copel (PR), de 10,98% da RGE Sul (RS) e de 19,19% da Energisa Nova Friburgo (RJ).

Medidas de alívio tarifário

Nas últimas semanas, o Congresso Nacional tem aprovado medidas para reduzir a pressão inflacionária na conta de luz. Entre elas, o limite de alíquotas de ICMS sobre tarifas de energia elétrica e o reembolso para consumidores em razão de tributos indevidos pagos pelas distribuidoras.

Porém, os reajustes anuais das distribuidoras, o novo sistema de bandeiras e uma conta bilionária de subsídios e empréstimos ao setor elétrico, reforçam uma perspectiva de continuidade de aumentos na cobrança de energia elétrica no Brasil.