89% dos brasileiros instalariam energia solar para combater mudanças climáticas

Pesquisa Datafolha mostra que 89% dos brasileiros estão dispostos a instalar energia solar em casa para contribuir com o combate às mudanças climáticas. O levantamento ouviu 2.457 pessoas com 16 anos ou mais em 130 municípios de todo o Brasil entre os dias 17 e 22 de junho.

O estudo apurou a percepção da população em relação à crise do clima. Pelo que sabem ou percebem no dia a dia, 97% dos brasileiros acreditam que o planeta está passando por mudanças climáticas, e 2% avaliam que não há mudança no clima, com 1% sem opinião sobre o tema.

Três em cada quatro (77%) brasileiros acreditam que as mudanças climáticas existem e são causadas principalmente por ações humanas e para 20% as mudanças climáticas existem e são causadas pela natureza. Entre os demais, 2% não acreditam em mudanças climáticas e 1% não soube opinar.

A avaliação dos riscos das mudanças climáticas divide as opiniões, principalmente entre queles que acreditam que elas representam um risco imediato (52%) e aqueles que acreditam que serão um risco apenas no futuro (43%).

Também há diferença de opinião nas diferenças faixas etárias: 50% dos mais jovens, de 16 a 24 anos, avaliam que as mudanças climáticas são um risco para futuras gerações, e para 46% são um risco imediato.

Na faixa seguinte, de 25 a 34 anos, esses índices são 45% e 51%, respectivamente. Entre quem tem de 35 a 44 anos, ficam em 43% e 51% as taxas para riscos futuros e imediatos, respectivamente.

Na parcela de 45 a 59 anos, há maior diferença entre quem vê riscos imediatos (57%) e para futuras gerações (37%), e entre os mais velhos, com 60 anos ou mais, ficam mais próximos, como nas demais faixas (51% e 44%, respectivamente).

Responsabilidade individual

Para 51%, as atitudes individuais das pessoas contribuem muito para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, e 32% avaliam que contribuem um pouco. Para 16%, não contribuem, e 1% não opinou.

A idade influencia na taxa dos que respondem que há muita contribuição, com índices mais altos entre os que têm de 16 a 24 anos (58%) e de 25 a 34 anos (61%), e recuo gradual nas demais faixas etárias, com 54% na faixa intermediária, de 35 a 44 anos, e 37% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.

Questionados sobre qual grau de responsabilidade atribuem a si pelas mudanças climáticas, 25% se sentem muito responsáveis, 51% se sentem um pouco responsáveis, e 23% se sentem nada responsáveis, além de 1% que não respondeu.

100% dos entrevistados afirmaram que adotariam alguma das medidas mencionadas para combater as mudanças climáticas. 99% disseram que trocariam as lâmpadas de casa por tecnologias mais econômicas com esse objetivo. Também com alta adesão, 94% reduziriam o uso de plástico e embalagens descartáveis.

Na sequência, aparecem colocar painéis solares em casa (89%), o uso de mais transporte público ou bicicletas em vez do automóvel (82%), viajar para locais mais próximos para evitar o uso de avião (77%), pagar mais caro por produtos sustentáveis (74%), redução do consumo de carne (68%) e pagar mais caro por um carro elétrico (63%).