Como reduzir a conta de luz na empresa

Reduzir os custos de energia em empresas pode abrir portas para outros investimentos necessários. Dessa forma, você que está em busca de soluções sobre como reduzir a conta de luz na sua empresa precisa entender como funcionam as tarifas energéticas, além de conhecer a sua conta de luz.

A seguir, você encontrará informações imprescindíveis para reduzir consideravelmente a conta de luz em sua empresa.

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Conhecer a sua conta de luz

Para saber como reduzir a conta de luz na empresa, é fundamental conhecer o faturamento da conta em si. Nesse caso, o responsável deve avaliar as parcelas relacionadas ao consumo, bem como as parcelas referentes ao tributo, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), encontrado na seguinte fórmula:

Valor da fatura de energia:

VC = (C × TC) × (1 / 1-T)

onde:

VC = valor da conta (R$)

C = consumo (kWh)

TC = tarifa de consumo (R$/kWh)

T = tributo (PIS/COFINS e ICMS)

Por exemplo, se uma empresa que possui uma rede de baixa tensão, consome, em média, 4.000 kWh, incluindo tarifas de energia por R$ 0,190/kWh e tributo de 18%, o valor da fatura de energia será:

VC = (4.000 × 0,190) × 1/ 1 – 0,18 = 760 × 1,219 = R$ 926,44

Além disso, é possível entender mais sobre a composição da tarifa de energia elétrica no Portal Light.

Aderir à tarifa branca

Uma das soluções para reduzir a conta de luz em empresas pode ser gerada a partir da tarifa branca, que possibilita ao consumidor reduções na fatura de energia elétrica, quando a energia for consumida, principalmente, em horários de baixa demanda, ou, também, conhecidos como “fora de ponta”.

O que é tarifa branca de energia?

Por oferecer descontos nas contas de energia, a tarifa branca oferece maior economia aos consumidores, variando em três horários: de ponta, intermediário e fora de ponta. Nesse sentido, o consumo de energia em horários de ponta e intermediário tem um custo mais caro, porém, em períodos fora de ponta, é possível reduzir o valor da conta de luz. Além disso, o consumo de energia em finais de semana e em feriados nacionais também é considerado fora de ponta e, portanto, mais barato.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu horários para a tarifação, que podem se diferenciar de acordo com cada distribuidora. No caso da Copel, os períodos são identificados por:

Quais as vantagens da tarifa branca?

Os benefícios da tarifa branca são diversos, uma vez que a sua utilização pela rede da distribuidora possibilita que o consumo de energia seja centralizado em períodos de custo mais acessível (fora de ponta). Sendo assim, é possível que o consumidor reduza os gastos com energia elétrica e otimize o uso das redes, dando espaço a outros investimentos.

Quem pode aderir à tarifa branca?

De acordo com a Resolução Normativa nº 733/2016 da Aneel, desde 1º de janeiro de 2018, todo consumidor poderá aderir à tarifa branca (TB), entretanto, existe uma ordem de prioridades para a adesão:

• A partir de 1º de janeiro de 2018, novas ligações e unidades consumidoras que possuam média anual de consumo mensal superior a 500 kWh podem aderir à TB;
• A partir de 1º de janeiro de 2019, unidades consumidoras com média anual de consumo superior a 250 kWh são autorizadas à TB;
• A partir de 1º de janeiro de 2020, todas as unidades consumidoras podem aderir à TB.

Revisar a rede elétrica para evitar sobrecargas

Para evitar desequilíbrios de carga e problemas mais graves na rede elétrica, é necessário contar com uma revisão constante. No entanto, desde a instalação da estrutura elétrica da empresa, a quantidade de carga ideal deve ser estabelecida em todas as fases do local. Com isso, além de realizar a revisão da rede, o responsável deve conferir se os equipamentos utilizados são antigos ou obsoletos, visto que podem superaquecer os condutores.

Ao contrário, se a supervisão da rede elétrica e seus equipamentos não for realizada regularmente, os equipamentos eletrônicos terão sua vida útil reduzida e, consequentemente, irão consumir mais energia e aumentar o valor da conta de luz. Portanto, não deixe de verificar se os seus condutores estão ultrapassados, bem como o balanceamento de carga, que pode necessitar de uma atualização por um profissional qualificado.

Adquirir equipamentos mais eficientes

Para reduzir os custos energéticos de uma empresa, uma boa alternativa é garantir equipamentos de qualidade, que sejam mais eficientes, uma vez que consomem menos energia e mantêm o funcionamento normal, garantindo a produtividade dos processos.

Os equipamentos modernos, portanto, podem ser adquiridos quando possuem o selo Procel, que, embora tenham um custo mais alto, têm seu investimento compensado a longo prazo, devido à sua eficiência e economia de energia. Esses aparelhos podem ser ares-condicionados, ventiladores, luminárias, entre outros.

Aproveitamento de luz solar e ventilação natural

De forma natural, também é possível gerar energia e, ainda, economizar nos custos no final do mês. No caso da iluminação, em um ambiente mais claro, com paredes, tetos e cortinas que não sejam de cores escuras, pode-se aproveitar a luz natural, originada pelo sol através das janelas. Dessa forma, o consumo de iluminação artificial será menor, logo, o valor da conta de luz também.

Além disso, a ventilação natural diminui gastos com o uso de ar-condicionado e refrigeração no geral. A partir da utilização de portas e janelas amplas, que possuam abertura para demais salas que sejam melhor ventiladas, é possível simplificar o fluxo da corrente de ar em todo o ambiente da empresa.

Educar colaboradores

Para uma boa gestão de economia, educar os colaboradores de sua empresa é fundamental. Desse modo, é necessário mobilizar e oferecer treinamentos, palestras e até mesmo diálogos abertos com cada setor, a fim de reduzir o consumo de energia no estabelecimento.

Para modernizar os equipamentos eletrônicos e investir em geração de energia natural, é fundamental contar com a colaboração de toda a equipe. Alguns hábitos podem ser implementados para alcançar resultados de economia:

• Oferecer premiações mensais para incentivar o consumo consciente em cada setor;
• Realizar reuniões periódicas para debater sobre metas de diminuição do consumo de energia;
• Investir em campanhas de endomarketing sobre a redução do consumo de energia.

Investimento em energia solar fotovoltaica

Embora possua um alto custo de aquisição, a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica é uma opção favorável e sustentável, visto que conta com uma vida útil de 25 anos, gera um retorno sobre o investimento em poucos anos e garante a economia de até 95% do valor da sua conta de luz.

A partir dos painéis fotovoltaicos, instalados no telhado do imóvel, realiza-se a captação dos raios solares, processo pelo qual a energia é enviada para o inversor solar, que realiza a conversão de corrente contínua para corrente alternada, para alimentar os equipamentos eletrônicos de forma limpa e renovável.

Ainda assim, quando a energia gerada for maior do que a consumida, a empresa poderá utilizar os créditos energéticos gerados pelo excedente em períodos noturnos ou de chuva, ou seja, momentos de baixa ou inexistente luminosidade.

Para grupos de alta tensão, contratação do Mercado Livre de Energia

O que é o Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia funciona como um ambiente de contratação mais independente, portanto, nele, é possível comercializar a energia, estimulando a livre concorrência entre produtores e geradores, além de tornar os custos na compra de energia elétrica mais acessíveis. Sendo assim, diferentemente de modalidades como o Mercado Cativo, o consumidor pode escolher seu fornecedor de energia de acordo com o SIN (Sistema Interligado Nacional) e negociar seus preços, preferências e conveniências.

Quais as vantagens?

Com destaque à redução de custos, aderir ao Mercado Livre de Energia significa contar com diversos benefícios, uma vez que a energia é adquirida diretamente do fornecedor, o que estimula a negociação. Abaixo, são enumeradas algumas vantagens da modalidade:

1. Poder de escolha entre diversas opções de fornecedores;
2. Flexibilidade de escolha entre fontes de energia do SIN;
3. Concorrência que estimula a redução dos preços.

Quem pode aderir ao Mercado Livre de Energia?

Nessa modalidade, é possível que consumidores do tipo “Livre” e “Especial” adquiram energia de forma mais acessível. Dessa forma, o consumidor livre deve apresentar uma unidade consumidora que demanda, no mínimo, 3.000 kW, enquanto o consumidor especial deve contar com uma unidade ou um conjunto de unidades consumidoras localizadas em uma mesma área ou que possuam a mesma titularidade, com carga superior ou igual a 500 kW.

Veja também: Energia solar para empresas