Siemens se prepara para produzir hidrogênio verde com energia solar em Dubai
Unidade em fase de testes deve produzir cerca de 20,5 kg/h do combustível a 1,25 MW pico


O Oriente Médio, mais precisamente em Dubai, nos Emirados Árabes, acaba de ganhar a primeira instalação de hidrogênio verde movida a energia solar em escala industrial. Todo o processo foi desenvolvido pela Siemens Energy e deve produzir cerca de 20,5 kg / h de hidrogênio a 1,25 MW de potência de pico.
O projeto ainda está em fase de teste e foi realizado em colaboração com a Autoridade de Eletricidade e Água de Dubai (Dewa) e a Expo 2020 Dubai, integrado ao parque solar Mohammed bin Rashid Al Maktoum, que terá capacidade de 5 mil megawatts de energia fotovoltaica até 2030.
De acordo com o CEO da Siemens Energy, Christian Bruch, o projeto destaca a importância da parceria na promoção de soluções inovadoras de energia limpa e no enfrentamento da ameaça existencial da mudança climática global.
Já para a ministra de estado para Cooperação Internacional, Reem Ebrahim Al-Hashim, disse que a iniciativa simboliza o desejo de desenvolver uma cultura global de inovação em torno da sustentabilidade. Segundo ela, o projeto de hidrogênio verde está liderando pelo exemplo, mostrando como a tecnologia e a colaboração podem ajudar a construir um futuro mais limpo, seguro e saudável para todos.
O projeto serve como um marco importante da indústria de energia sustentável na região, que busca se reposicionar para manter o protagonismo na oferta de energia, hoje baseada na produção e exportação de óleo. De acordo com o diretor administrativo da Siemens Energy Middle East, Dietmar Siersdorfer, a corporação está dando muita atenção para o hidrogênio verde e suas aplicações em todo o Oriente Médio.
“O Oriente Médio tem uma grande oportunidade de maximizar seus recursos de energia renovável e tornar-se um ator central e potencialmente exportador de energia renovável e combustíveis no futuro”, afirmou o diretor da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), Francesco La Camera.
De acordo com ele, essa expansão será impulsionada principalmente pelo plano do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de zerar as emissões líquidas do país até 2050, pois as questões climáticas e de transição energética devem ser tornar áreas cada vez mais importantes para a cooperação e diplomacia entre os Estados Unidos e os países da região do Golfo.

Cristiane Pinheiro
Jornalista, formada pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, com quase 30 anos de experiência no segmento de Comunicação. Tem especializações em jornalismo impresso pelo Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado, do Grupo O Estado de S. Paulo, e em televisivo pela Rede Globo de Televisão, São Paulo, e pelo Senac – Centro de Comunicação e Artes. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 10 anos.
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