Volkswagen aposta em energia renovável para reduzir emissões até 2050
Com investimentos de 14 bilhões de euros nos próximos quatro anos, meta da empresa é operar todas as fábricas a partir de fontes limpa
A Volkswagen realizou sua primeira convenção para detalhar novas metas de sustentabilidade ambiental e anunciou que pretende neutralizar suas emissões de carbono até 2050. Com investimentos de 14 bilhões de euros nos próximos quatro anos, a meta da empresa é operar todas as fábricas com eletricidade a partir de fontes limpas, além de ampliar a venda de carros elétricos e cortar a emissão de CO2 em aproximadamente 17 toneladas por veículo.
O CEO da montadora, Ralf Brandstätter, reforçou, durante o Way To Zero, realizado em formato digital no final de abril, que a empresa é a primeira fabricante de carros a apoiar a expansão das energias renováveis em uma escala industrial. “Queremos construir plantas eólicas e solares em diversas regiões da Europa até 2025, possibilitando reduzir as emissões praticamente à metade em comparação com a atual matriz elétrica europeia”, disse.
A Volkswagen já assinou o primeiro contrato com a empresa energética RWE, para a construção de uma planta fotovoltaica com capacidade de produzir 170 milhões de kilowatts- hora (kW/h), na Alemanha. Serão 420 mil módulos, sem nenhum subsídio estatal, sendo uma das maiores iniciativas do tipo no país.
Até 2025, todos os projetos reunidos na companhia possam gerar cerca de 7 TWh de energia elétrica renovável. A fabricante anunciou ainda que, na próxima década, todas as plantas do grupo no mundo, exceto na China, vão operar inteiramente com eletricidade verde, incluindo as fábricas para produção de células de baterias.
Mobilidade
Na primeira etapa, até 2030, a meta é reduzir 40% das emissões por veículo na Europa, incluindo cadeia de produção, fornecimento e operação de carros elétricos e reciclagem sistemática das baterias de alta voltagem.
A Volkswagen também quer eletrificar 100% de sua nova frota, trabalhando para que 70% de todos os veículos vendidos na Europa sejam totalmente elétricos – mais de um milhão, o que supera as exigências do Acordo Verde da União Europeia.
Segundo a empresa, na América do Norte e China, a participação do segmento nos negócios deverá ser de pelo menos 50%. A fabricante também quer lançar pelo menos um novo veículo elétrico a cada ano.
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Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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