Shell quer criar mais de 500 mil estações de recargas para veículos elétricos até 2025
Investimento faz parte do plano estratégico da empresa focado em iniciativas ambientais


Assim como seus robustos investimentos em energias renováveis, com a meta de se tornar a maior empresa do mundo na área de energia limpa até 2030, a Shell aposta também na mobilidade elétrica. A gigante do petróleo quer criar mais de 500 mil estações para recargar carros elétricos até 2025.
No ano passado, assim como suas concorrentes, a empresa anunciou um prejuízo de mais de US$ 20 bilhões por conta da pandemia de Covid-19. Uma das ações no plano estratégico da empresa serão investimentos iniciativas ambientais. “Nossa estratégia acelerada reduzirá as emissões de carbono e entregará valor para nossos acionistas, clientes e sociedade em geral”, relatou Ben van Beurden, CEO da Royal Dutch Shell.
Em linhas gerais, van Beurden disse que, este investimento em postos de carregamento de veículos elétricos será um plano mais voltado ao crescimento de diversas cidades, até mesmo onde a empresa não é atuante, tendo como objetivo torná-las cada vez mais sustentáveis, fazendo com que elas se livrem da dependência de combustíveis fósseis.
“Usaremos nossa escala global e marca confiável, seja para nossos clientes motoristas, residências ou empresas, para crescer em mercados onde a demanda por produtos e serviços mais limpos é mais forte, entregando fluxos de caixa mais previsíveis e gerando retornos mais elevados”, afirmou Ben van Beurden.
A companhia estima que, em 2030, a geração de petróleo poderá ser reduzida em até 18%, ao passo que o total de combustíveis tradicionais será 55% menor ao final desta década. Em 2019, a produção de petróleo chegou ao seu auge. Apesar de se comprometer a diminuir de 1% a 2% por ano, os gastos anuais continuarão colocando maior importância para o óleo e gás.
A Shell anunciou, em outubro do ano passado, a formulação de uma nova estrutura de negócios para comercialização e geração de energia elétrica no Brasil. Em nota, a empresa informou que seu modelo de Comercialização e Novas Energias no Brasil contemplará a geração e armazenamento de energias renováveis e gás natural, comercialização e otimização, e vendas a consumidores finais de soluções integradas de energia com a marca Shell.
“Nossos clientes do Brasil terão acesso, com este modelo integrado, à diversidade de produtos e serviços, à escala e à presença que a Shell possui no mercado global de energia”, afirmou em nota o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
No país, a termelétrica Marlim Azul, joint-venture entre a Shell Brasil (29,9%), o Pátria Investimentos (50,1%) e a Mitsubishi Power System (20%) é um exemplo de modelo integrado. A planta está em fase de construção e terá capacidade instalada de 565,5 megawatts (MW) tornando-se a primeira a usar o gás natural do pré-sal. Já em relação a energias renováveis, a empresa aguarda pedido para 24 outorgas de energia solar fotovoltaica em Minas Gerais, totalizando 1,1 gigawatts (GW).
Em agosto de 2020, o presidente da Shell Brasil, André Araujo, destacou que o Brasil é mercado chave no setor de energia renovável no mundo. “A transição energética veio para ficar e vamos investir em projetos que sejam economicamente atrativos. O Brasil foi definido como um país-chave no mercado de novas energias pela companhia”, disse o executivo.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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