FV-UFSC desenvolve parceria de mobilidade elétrica com Itaipu Binacional

O Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (FV-UFSC) desenvolve parceria de mobilidade elétrica com a Itaipu Binacional. No projeto Mob-i, a bateria de um veículo modelo Twizy, desenvolvido pela Renault, é abastecida com eletricidade solar gerada nos telhados e estacionamentos do laboratório.

O carro foi idealizado para a utilização em perímetros urbanos, com espaço para duas pessoas e velocidade máxima de 80 quilômetros por hora (km/h). A pesquisa demonstra que toda a energia elétrica necessária para alimentar um veículo deste tipo pode ser gerada por área de placas fotovoltaicas equivalente ao espaço ocupado pelo veículo estacionado.

O projeto se inclui no contexto de parcerias entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Itaipu Binacional e o Parque Tecnológico da Itaipu (PTI) para o desenvolvimento de pesquisas e aprimoramento de tecnologias inovadoras a favor do meio ambiente focadas na área de mobilidade e energia solar.

A Itaipu cedeu o Twizy para que fosse utilizado para o desenvolvimento de pesquisas e mesmo transporte de pessoas dentro do centro de inovação Sapiens Parque, em Florianópolis (SC), aproximando essa tecnologia do mundo acadêmico brasileiro.

Conforme a FV-UFSC, o Mob-i é um sistema que se integra ao carro, no qual é feita a monitoração e coleta de dados de consumo e gastos de energia, a fim de obter informações para aprimoramento de veículos elétricos.

“O objetivo da Itaipu com o projeto Mob-i era criar uma cultura de carro elétrico, aproximando-o do cidadão. Além disso, utilizar os indicadores que viriam através do projeto para a realização de pesquisas e criação de novas tecnologias”, explica o pesquisador da equipe da FV-UFSC, Giuliano Martins.

Conforme a entidade, o tempo de carregamento do carro em uma tomada doméstica é de 3,5 horas e garante uma autonomia de aproximadamente 80 quilômetros. “A primeira etapa do projeto consistiu na montagem de Twizys dentro da usina hidrelétrica de Itaipu, os quais foram utilizados para auxílio na logística de mobilidade dentro da usina, bem como para o transporte de pessoas”, explica Martins.

Na segunda fase, houve a criação de projetos pilotos com o Curitiba Eco-elétrico e o Ecomóvel Brasília, os quais utilizaram os veículos elétricos para a segurança pública, aproximando ainda mais a população dessa tecnologia.

“A mobilidade elétrica tem várias características peculiares e vantagens”, afirma o coordenador do laboratório da FV-UFSC, Ricardo Rüther. “É um veículo mais silencioso e não tem emissão nenhuma. Então poluição sonora e ambiental são praticamente anuladas. E no caso da geração solar, ainda ocorre toda a geração elétrica de fonte limpa e renovável.”