Eletrificação da frota brasileira deve avançar inicialmente em nichos de mercado

A eletrificação da frota brasileira de automóveis deve avançar através de nichos, como veículos urbanos de carga e o transporte público, em razão de pressões ambientais e econômicas. O diagnóstico é apresentado no caderno de eletromobilidade elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A publicação está no âmbito do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2032.

A EPE destaca que planos de mobilidade urbana devem levar a crescentes restrições às emissões e à circulação de veículos poluentes em áreas urbanas, principalmente metrópoles. Além disso, empresas estão sendo pressionadas a reduzir suas emissões devido a compromissos ESG, impostos pelo mercado financeiro e consumidores.

Dentro desse contexto, o estudo observa que a pandemia de Covid-19 acelerou a disseminação do comércio eletrônico, que aumenta a demanda por transportes diretamente até as residências, efetuada principalmente por comerciais leves.

Esse cenário aponta para o avanço da eletrificação em atividades como a entrega em última milha por comerciais e caminhões leves e frotas dedicadas a serviços públicos, como coleta de lixo e transporte coletivo.

Além disso, o avanço do mercado livre de energia e da geração solar distribuída permitem que empresas reduzam a pegada de carbono e também os custos com combustíveis, por meio da eletrificação da frota.

A EPE observa que, para caminhões semipesados e pesados, alguns nichos também podem ser eletrificados. No entanto, tecnologias híbridas e a gás natural devem se expandir mais, com manutenção do domínio da combustão a diesel, que representarão 95% das vendas em 2032.

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