Corporações debatem como acelerar a produção de hidrogênio no mundo
Ideia é produzir o combustível em larga escala para alcançar a neutralidade das emissões globais de gases do efeito estufa


Representantes das empresas Shell, BP, Siemens Energy, Toyota Motor Europe, Anglo American, Bank of America, Cummins, Fortescue Metals Group, Hydrogen Council, ITM Power, Linde, Macquarie e 8 Rivers Capital, se reuniram recentemente para debater a ampliação dos projetos de produção de hidrogênio verde no mundo. O encontro é parte da inciativa para o desenvolvimento de mercados sustentáveis (SMI - Sustainable Markets Initiative), liderada pelo príncipe de Gales, Charles, com o objetivo de contribuir para neutralizar as emissões globais de gases do efeito estufa.
A ideia é criar um modelo para um ecossistema de hidrogênio que combine projetos em escala industrial de curto prazo e medidas de longo prazo em escala de utilidade. O plano de ação deve ser apresentado na Conferência sobre Mudança Climática da ONU (COP26), que vai acontecer em novembro deste ano em Glasgow, na Escócia.
De acordo com declarações de Van Beurden, CEO da Shell, há uma oportunidade única para o hidrogênio desempenhar um papel importante na transição energética, sobretudo na eletrificação. Ele afirmou à imprensa internacional que o movimento está crescendo dentro de uma visão de um mundo com emissões líquidas zero e de ações necessárias para alcançá-lo. “A versatilidade do hidrogênio como transportador de energia será crítica para alcançar as partes do sistema que serão difíceis de eletrificar”, disse o executivo.
Para isso, o mercado precisa considerar a demanda futura de hidrogênio, possíveis modelos de financiamento e de negócios e aspectos técnicos e legais, além de mapear os recursos necessários para viabilizar esses projetos. Um grupo de trabalho foi formado para detalhar os estímulos regulatórios necessários no sentido de acelerar a adoção de células de combustível de hidrogênio nos transportes. Além disso, a inciativa espera fomentar compromissos formais, sob os quais as empresas participantes podem se comprometer com o uso de hidrogênio limpo e derivados (por exemplo, aço limpo produzido com o uso de hidrogênio) em suas cadeias de valor.

Cristiane Pinheiro
Jornalista, formada pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, com quase 30 anos de experiência no segmento de Comunicação. Tem especializações em jornalismo impresso pelo Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado, do Grupo O Estado de S. Paulo, e em televisivo pela Rede Globo de Televisão, São Paulo, e pelo Senac – Centro de Comunicação e Artes. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 10 anos.
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