BNEF: Vendas globais de veículos elétricos deve crescer 83% em 2021
Relatório aponta que frota de carros de passeio não poluentes deve chegar a 677 milhões no mundo em 2040


As vendas de veículos elétricos de passeio devem crescer 83% no mundo em 2021, chegando a 5,6 milhões de unidades, aponta levantamento da BloombergNEF (BNEF), feito a pedido da presidência britânica da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021 (COP26).
De acordo com a pesquisa, a comercialização de carros elétricos a bateria, híbridos e com células de combustível foram 140% maiores do que no mesmo período de 2019, representando 7% do total das vendas globais de veículos de passeio, quase cinco pontos percentuais acima de dois anos atrás.
O ano 2019 foi usado como referência no estudo por se tratar da última edição de uma conferência do clima da ONU. A BNEF revisou a previsão da frota global de veículos não emissores para 2040, de 495 milhões para 677 milhões.
Entre as razões para o crescimento estão a melhora da tecnologia e redução de custos de baterias, aceleração da implementação de infraestrutura de recarga, maior variedade de modelos de veículos comercializados e evolução na velocidade de recarregamento.
COP26
Na última quarta-feira (10/11), mais de 30 países, além de governos regionais, companhias e organizações, assinaram uma declaração para acelerar a descarbonização do transporte rodoviário.
A meta proposta é de que todos os carros e veículos comerciais leves vendidos no mundo sejam não-emissores até 2040. Para os principais mercados, o objetivo deverá ser alcançado até 2035.
Porém, o pacto não contou com a presença de países com importantes frotas e polos de fabricação automotiva, como China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coréia do Sul, além de França, Espanha e Brasil.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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