Reciclagem de painéis deverá formar mercado de US$ 477 milhões em 2032
Crescimento global das instalações de energia solar cria oportunidade para desenvolvimento de negócios em descarte e reaproveitamento de equipamentos fotovoltaicos


O mercado global de reciclagem de painéis solares deverá atingir o valor de US$ 477,74 milhões em 2032, um crescimento anual composto de 12,9% a partir de 2022, mostra estudo da consultoria Polaris Market Research. No ano passado, esse setor foi estimado em US$ 141 milhões.
Uma placa solar pode ser reciclada através da recuperação dos materiais e componentes, como silício, vidro, cobre, alumínio, prata, alumínio e plástico. Também é possível reutilizar painéis fotovoltaicos antigos em um diferente contexto, estendo a vida útil do equipamento.
Leia mais: Projeto de lei sobre reciclagem de painéis solares é apresentado no Senado
Conforme a pesquisa da Polaris, o avanço nos investimentos em energia solar fotovoltaica, viabilizados por incentivos políticos e avanços tecnológicos, está criando oportunidades para o desenvolvimento de negócios na reciclagem de módulos fotovoltaicos.
Esse mercado deverá crescer graças ao forte ritmo de instalações de usinas solares, o que leva a um aumento no número de painéis solares aposentados. Além disso, a própria agenda ambiental inerente a transição energética e a descarbonização, leva a uma preocupação com os possíveis impactos nocivos do descarte inadequado de equipamentos no setor renovável.
Métodos e regiões
A Polaris indica que o processo mecânico deverá ser o mais representativo do mercado de reciclagem de painéis solares. Esse método consiste em separar os componentes por meio da quebra do equipamento. Essa forma é a mais simples e barata, podendo recuperar uma grande parte dos materiais utilizados na placa fotovoltaica.
Também deverão ter um crescimento significativo os processos térmicos e a laser, em razão do crescimento demanda por silício de alta pureza e métodos sustentáveis para a reciclagem de painéis solares.
Em termos de mercados regionais, a consultoria indica que a América do Norte deverá obter o maior crescimento devido a políticas rígidas impostas pelos países do continente.
A União Europeia está na frente das demais regiões em termos de implementação de medidas direcionadas de descarte direcionadas ao setor solar. Já a Ásia-Pacífico deverá capturar as maiores receitas nos próximos anos.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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