UFSC e GIZ Brasil firmam parceria para produção de hidrogênio verde
Serão investidos R$ 12 milhões no laboratório do grupo de pesquisa de energia solar da universidade


A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Agência de Cooperação Técnica da Alemanha, GIZ Brasil, firmaram uma parceria para produzir hidrogênio verde. Serão investidos R$ 12 milhões para a produção de energia elétrica, hidrogênio e amônia verdes no laboratório do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC.
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O investimento da Cooperação Alemã visa assegurar a obra do novo bloco do laboratório da UFSC, um prédio em construção que servirá como vitrine para a indústria da viabilidade e aplicação da tecnologia. Além disso, a capacitação de professores, pesquisadores e estudantes também faz parte do escopo da parceria.
Essa cooperação faz parte do Projeto H2Brasil da GIZ, que trabalha em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) pela expansão do mercado de hidrogênio verde (H2V) no País.
Insumo para a transição energética
O professor Ricardo Ruther, coordenador do Grupo Fotovoltaica da UFSC, explica que o hidrogênio verde é aquele obtido com o uso de uma fonte renovável de energia, no processo de eletrólise da água que o separa do oxigênio naquela molécula.
“Você pode usar o hidrogênio para, a partir dele, fazer diversas coisas, desde usá-lo numa célula combustível para convertê-lo de volta em eletricidade até ser usado como combustível. Por exemplo, os foguetes são todos movidos a hidrogênio”.
Na prática, a energia empreendida para obter o gás com o selo de “verde” precisa ter sua fonte original no Sol ou nos ventos.
Ruther assinala que, para produzir hidrogênio verde, é necessária uma farta produção de energia solar. Parte dessa energia virá da recém-inaugurada Planta Solar Piloto de Módulos Bifaciais, capaz de gerar energia com radiação direta do sol e refletida pelo solo, parceria do Laboratório Fotovoltaica com a CTG Brasil.
A outra parte vem da cobertura de painéis solares do telhado. “Nós estamos triplicando a nossa capacidade de geração solar e essa capacidade adicional de geração de energia solar vai ser usada para produzir hidrogênio”, detalhou Ruther.
A previsão é de que o potencial máximo de geração seja de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora de hidrogênio verde) e produção máxima de 1 kg/h de amônia. A produção diária vai depender da irradiação solar e, consequentemente, da geração fotovoltaica de cada dia.
A proposta da parceria é também usar um reator para a produção de amônia verde (NH3), produto comumente utilizado como fertilizante. Isso será possível a partir da junção do hidrogênio produzido pela energia solar combinado, em reação, com o nitrogênio.
Segundo o professor, além do reator, o projeto irá adquirir um eletrolisador e uma célula de combustível. O eletrolisador possibilita a produção do hidrogênio e o seu uso para gerar energia elétrica ocorre na célula de combustível.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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