PDE 2030 reforça compromisso do país de seguir com uma das matrizes mais limpas do mundo, diz ministro Bento Albuquerque

Para o chefe da pasta de Minas e Energia, programa vai auxiliar o governo nos debates na Organização das Nações Unidas (ONU)

PDE 2030 REFORÇA COMPROMISSO DO PAÍS DE SEGUIR COM UMA DAS MATRIZES MAIS LIMPAS DO MUNDO, DIZ MINISTRO BENTO ALBUQUERQUE
Portal Solar

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ao Portal Solar que o Plano Decenal de Energia 2030, que traz as perspectivas para o setor nos próximos dez anos, reforça o compromisso do país em seguir como umas das matrizes energéticas mais limpas do mundo.

De acordo com o ministro, o programa vai auxiliar o governo nos debates na Organização das Nações Unidas (ONU). Na esfera internacional, o Brasil vai liderar um dos principais eixos da iniciativa: a área de Transição Energética.

"O país deve seguir com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, inspirando nações para o rumo correto da transição energética. Aliás, somos um dos países selecionados pelas Nações Unidas para liderar o diálogo internacional de alto nível sobre transição energética", afirmou ao Portal Solar.

O plano foi aprovado pelo Ministério de Minas e Energia no fim de fevereiro e prevê investimento de R$ 2,7 trilhões, sendo R$ 2,3 trilhões para petróleo, gás natural e biocombustíveis e R$ 365 bilhões para geração centralizada, distribuída e transmissão de energia elétrica. Segundo o ministério, o percentual de fonte renovável na matriz energética deve ser mantido em 48%.

No setor elétrico, a oferta de 2020 ficou com 85% de renováveis e, apesar do virtuoso crescimento, necessário para o atendimento da demanda, esperamos alcançar o patamar de 88% ao final da década.

O ministro afirma que o plano ainda vai manter o cumprimento de nossa Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) assumida no âmbito do Acordo de Paris, bem como as determinações do Decreto nº 9.578/2018, que estabeleceu um compromisso nacional de limite de emissões para o setor de energia para 2020.

“O plano decenal de expansão de energia, que a partir do governo do presidente Bolsonaro é atualizado e publicado anualmente, tem a finalidade de indicar as perspectivas de expansão do setor de energia dentro de uma visão integrada e objetiva orientar as ações e decisões relacionadas ao equilíbrio entre as projeções de crescimento econômico e a necessária expansão da oferta de energia, em bases técnica, econômica e ambientalmente sustentável”, explicou o ministro ao Portal Solar.

Albuquerque ressalta que o impacto da pandemia da Covid é desafiador para os gestores e que o governo trabalhou para fechar um importante instrumento para fixar balizas de investimentos no país.

Ao concluir a apresentação do plano, o ministro afirmou que "é muito cedo para determinarmos até quando se estenderá a crise e seus reais impactos na economia e no setor energético brasileiro. Apesar dessas incertezas, precisamos seguir tomando decisões de política energética, e este PDE é a materialização dessa nossa atribuição".

De acordo com o plano, a expectativa é de que o consumo total de eletricidade cresça cerca de 44% a mais que a economia no período, influenciado tanto pela autoprodução clássica quanto pelo consumo na rede. O documento afirma ainda que, apesar da indicação de um crescimento médio do consumo total de eletricidade de 3,1% a.a. entre 2019 e 2030, a diferença apontada entre os cenários superior e inferior atinge o montante de 127 TWh (17%) em 2030.

O governo destaca o potencial do Nordeste para a geração renovável. "O presente ciclo do PDE mantém a previsão de uma expressiva participação das fontes eólica e solar nessa região. Esse montante já supera aquele considerado nas premissas dos estudos de transmissão já desenvolvidos, o que, além da própria ampliação do horizonte, determina que se realize novos estudos prospectivos com foco nas interligações, objetivando verificar a necessidade de novas expansões, além daquelas já previstas.

O texto classifica como "um dos grandes desafios a ser enfrentado pelo planejamento da transmissão nos próximos anos consiste no envelhecimento do sistema de transmissão brasileiro, uma realidade que tende a se tornar mais crítica nos próximos anos. Há que assegurar a substituição da infraestrutura do sistema elétrico em fim de vida útil de modo que a malha de transmissão possa operar com os níveis de confiabilidade e qualidade exigidos pela sociedade".

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Thiago Nassa

Jornalista com mais de 25 de experiência em comunicação corporativa para o setor elétrico e demais segmentos econômicos. Possui trabalhos desenvolvidos em empresas e entidades como ABSOLAR, Abraceel, Portal Solar, Solar Group, Abrager, Abetre, Win Energia, Alstom, Asea Brown Boveri (ABB), Grupo Accor, Grupo Solví, Editora Segmento, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Nove de Julho (Uninove) e Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Foi professor de comunicação corporativa e assessoria de imprensa pela FMU e UnG e autor do livros "Energia Livre" e "Reconhecimento que Gera Valor". É ganhador de dois prêmios da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) como responsável por publicações organizacionais.

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