ONS revisa condições de atendimento eletroenergético do País

Para assegurar o atendimento energético é imprescindível o aumento da oferta em cerca de 5,5 GW médios de setembro até novembro

ONS REVISA CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO ELETROENERGÉTICO DO PAÍS
Foto: Divulgação/ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) atualizou a Nota Técnica com as informações sobre as condições de atendimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN) até novembro de 2021.

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A revisão, solicitada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), foi considerada necessária após ser observada uma afluência menor do que a considerada no estudo anterior, principalmente na região Sul.

Ao elaborar a revisão do estudo, o Operador traçou dois cenários. No primeiro, os principais reservatórios da bacia do rio Paraná chegam ao final do período seco, ou seja, o mês de outubro, com níveis baixos de armazenamento.

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Nesse cenário mais adverso, mesmo com a utilização completa dos recursos hidráulicos da região Sudeste/Centro-Oeste, com o atingimento da faixa de restrição das usinas da bacia do São Francisco, com o despacho térmico pleno e com a adoção do critério N-1 para transferência de energia do Norte/Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste, os recursos são insuficientes para atendimento ao mercado de energia e demandarão novas medidas no curto prazo.

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Para a segunda hipótese, o atendimento energético é viabilizado a partir da incorporação de recursos adicionais, resultando em ganhos de armazenamento e eliminando possíveis déficits. Desta forma, para assegurar o atendimento energético é imprescindível o aumento da oferta em cerca de 5,5 GW médios, a partir do mês que vem até novembro.

Ainda tendo como referência o segundo cenário, o ONS indicou que a partir de setembro sejam incorporados novos recursos energéticos ao SIN.

Crise hídrica

Conforme o Operador, os cenários hidrológicos adotados nas prospecções têm sido obtidos considerando as condições atuais do solo, a precipitação prevista nos 45 primeiros dias de horizonte e a utilização da precipitação verificada do ano de 2020 para o restante do período estudado.

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Ainda assim, como os totais de chuva previstos considerados no último estudo não se confirmaram e o volume de água observado em 2021 foi inferior àquele verificado em 2020, em especial nas bacias do Sul, as afluências ficaram abaixo daquelas consideradas na prospecção anterior.

A escassez resultou na diminuição dos níveis de partida em agosto de cerca de 10 pontos percentuais abaixo daquele apresentado na Nota Técnica anterior, publicada em julho, além de se observar uma redução de cerca de 2.000 MW médios na Energia Natural Afluente do SIN, de agosto a novembro.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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