ONS espera alta de 1,3% na demanda elétrica nacional em outubro
A demanda esperada para o Sistema Interligado Nacional (SIN) é de 72.113 MW médios


O Operador Nacional do Sistema (ONS) apresentou nesta sexta-feira (24/09) as previsões para a demanda de energia elétrica, expectativas de chuvas e do nível de armazenamento dos reservatórios para o próximo mês de outubro.
De acordo com o Informativo Preliminar Mensal da Operação (PMO), a demanda esperada para o Sistema Interligado Nacional (ONS) é de 72.113 megawatts-médios, o que se for confirmada representará um crescimento de 1,3% em relação a outubro de 2020.
Cabe destacar que os meses de setembro e outubro do ano passado já apresentavam uma recuperação forte do consumo, com patamares já semelhantes a 2019. Ou seja, o consumo de energia elétrica já havia se recuperado do tombo verificado nos meses de abril e maio - reflexo do início da pandemia de coronavírus no Brasil.
Voltando ao PMO, todos os submercados elétricos apontam para uma variação positiva no consumo, com Sudeste/Centro-Oeste subindo 0,04%, Sul (1,6%), Nordeste (3,5%) e Norte (2,7%).
Esta semana marcou o início da Primavera, onde são esperadas temperaturas mais quentes, o que contribui para o aumento da demanda.
Hidrologia
Do ponto de vista as chuvas, há expectativa de um evento climático do tipo La ñina. Isso significa que as temperaturas do oceano ficarão mais frias, podendo afetar negativamente o volume de afluências.
As Energias Naturais Afluentes (ENAs), ainda segundo simulações do ONS, apontam para volumes abaixo da média histórica para todos os subsistemas elétricos, com situação melhor no Sul, onde se espera volumes próximo a 93% da Média de Longo Termo (MLT).
Para as demais regiões, as projeções mensais apontam para 57% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 44% no Nordeste e 65% no Norte.
Considerando os volumes iniciais dos reservatórios - SE/CO (18,4%), Sul (30,9%), Nordeste (42,2%) e Norte (62,9%) e os volumes de chuvas previstos-, espera-se chegar ao dia 31 de outubro com os seguintes volumes máximos armazenados: 12,6% (SE/CO); 35,6% (Sul); 26,1% (Nordeste); e 42,9% (Norte).

Wagner Freire
Jornalista com Bacharel em Comunicação Social pela FMU e pós-graduado em Finanças. Especialista com mais de 10 anos de experiência na cobertura do mercado de energia elétrica, tendo trabalhado no Estadão, CanalEnergia, Jornal da Energia, Revista GTD e DCI.
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