Fontes solar e eólica geram 27% da eletricidade do Brasil em julho
Ao longo do ano, as duas tecnologias renováveis reduziram em 6,5 TWh a utilização de combustíveis fósseis no país


Pela primeira vez, o Brasil gerou mais de um quarto de sua eletricidade em julho a partir de energia solar e eólica pela primeira vez. Em julho, o país atingiu a marca 27% de geração de eletricidade a partir das duas fontes renováveis, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (21/08) pelo think tank de energia Ember.
Desse total, 19% (10 TWh) foram gerados por energia produzida pelo vento e 8% (4,1 TWh) por energia solar. Ao longo do ano, esses dois tipos de energia geraram 19% da eletricidade do país, em comparação com 15% em 2022.
Esse aumento permitiu que o Brasil diminuísse o uso de combustíveis fósseis em 6,5 TWh durante o ano, produzindo apenas 6,9% da eletricidade do Brasil, em comparação com 8,9% (4,7 TWh) em 2022.
Além disso, a energia hidrelétrica ainda é a principal fonte de eletricidade do Brasil, gerando 70% em 2023, em comparação com 73% no ano anterior.
Diante disso, a perspectiva de crescimento desse aspecto no país é positiva. Até agora, neste ano, as importações de painéis solares (9,5 GW) e as implantações mantiveram crescimento em relação ao ano passado.
A expectativa é de que os reservatórios estejam em níveis elevados no final da estação seca. Com boas condições, a participação dos combustíveis fósseis poderá cair ainda mais no início de 2024.
"O Brasil está agora entre os 25 países do mundo que atingiram a marca de um quarto de energia produzida com a força do vento e solar em um mês inteiro. Sua ambição está impulsionando o país rapidamente, com a taxa de crescimento anual desses dois tipos de energia em 37% em julho, acima da média global”, comentou o analista de dados da Ember, Nicolas Fulghum.
“Houve uma mudança real na transição de energia limpa do Brasil, com o crescimento da energia eólica e solar neste ano duas vezes mais rápido do que em 2022”, acrescentou.
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Vanessa Loiola
Jornalista formada pela PUC-SP com experiência em mídia digital. Já cobriu as editorias de economia, finanças, bolsa de valores, política e entretenimento.
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