Demanda de energia elétrica sobe 8,1% em junho no Brasil, aponta ONS

A carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou crescimento de 8,1% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em boletim divulgado ontem (19/7). A carga, que representa a soma do consumo e das perdas elétricas, chegou a 66.707MW médios. 

Conforme o levantamento, a recuperação do setor industrial, principalmente das indústrias voltadas para exportação, aliado ao aumento da confiança nos setores de comércio e serviços foram os principais fatores que influenciaram no avanço da carga.

No total acumulado, dos últimos 12 meses, verificou-se uma variação positiva de 4,7% em relação ao mesmo mês em 2020. Se comparado com o último mês de maio, houve uma variação negativa de 1,4%.

“Apesar da ocorrência de temperaturas amenas, inferiores às observadas em junho de 2020, o forte aumento que vem sendo observado nas atividades do comércio e serviços, associado à manutenção do ritmo elevado da produção indústria, tem se refletido sobre desempenho da carga dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul”, diz o boletim.

O relatório ainda traz dados consolidados dos subsistemas que compõem o SIN, todos com indicadores positivos, se comparado com junho de 2020. O subsistema Nordeste teve destaque com carga de energia com uma variação positiva de 10,1% ou 10.847 MW médios; seguido pela região Norte, que registrou demanda 10% maior ou 5.914 MW médios.

A região Sul, teve aumento de 9,2% ou 11.693 MW médios e o subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou incremento de 6,9% ou 38.253 MW médios.

Previsão de julho em queda

O ONS reduziu, pela terceira vez seguida, a previsão de carga para o mês de julho. Segundo o boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana de 17 a 23 de julho, espera-se um crescimento de 3,3% na comparação com julho de 2020, chegando a 65.376 MW médios. No início do mês, a entidade divulgou uma previsão de crescimento de 4,7%.

Condições de operação

O boletim também indica que as afluências do período continuam abaixo da média em todos os subsistemas, com leve recuperação no subsistema Sul.

A estimativa é que os reservatórios cheguem, até o final do mês, com níveis de 80,2% no Norte e 53,9% no Nordeste. Já na região Sul, houve melhora nos índices, que devem fechar o mês com  47,1%. Em contrapartida, os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste seguem com os níveis mais baixos e com a previsão de encerrar julho com 26,3% de volume de água.   

Por fim, o PMO estima que o Custo Marginal de Operação (CMO) passa a ser de R$1.109,51 /MWh, permanecendo equiparados nas quatro regiões. O CMO subiu 7,66% em comparação aos R$ 1.030,55/MWh da semana passada. 

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