Leilão A-5 viabiliza R$ 2,95 bilhões em investimentos em projetos de geração

O Leilão de Energia Nova A-5, realizado nesta sexta-feira (14/10), negociou R$ 6,6 bilhões em contratos de venda de energia e investimentos estimados em R$ 2,95 bilhões em projetos de geração. O certame foi promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP).

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Foram negociados 176,8 MW médios de energia ao preço médio de R$ 237,48/MWh, com deságio médio de 26,38%, para início de fornecimento em 1º de janeiro de 2027, a partir de fonte hidrelétrica, eólica e solar fotovoltaica, biomassa e resíduos sólidos urbanos.

O preço médio da contratação priorizada pelo MME, a partir das fontes eólica e solar, foi de cerca de R$ 173,00/MWh, cerca de 25% inferior ao preço médio dos contratos de energia elétrica (Pmix) das distribuidoras, na ordem de R$ 230,00 por MWh.

Baixa demanda

Conforme o MME, o leilão caracterizou-se pela baixa demanda de energia elétrica por parte das distribuidoras de energia, conforme observado em outras licitações realizadas em anos recentes. A pasta avalia que isso reflete a modernização do setor elétrico e em linha com a proposta de abertura do mercado de energia e com a forte expansão da geração distribuída.

O ministério afirma que, por esse motivo, a contratação, além de atender a obrigação legal de destinar 50% da demanda para hidrelétricas até 50 MW, priorizou a contratação das fontes mais baratas e com maior oferta de empreendimentos, buscando maiores deságios e menores tarifas para o consumidor final.

Fonte solar

Quatro empreendimentos de energia solar foram contratados no certame, resultando em R$ 1,16 bilhão negociados e R$ 822 milhões em investimentos. Dois projetos estão localizados em Minas Gerais e dois na Paraíba.

Também foram contratados doze PCHs, três usinas eólicas, duas térmicas a biomassa e uma térmica de resíduo sólido urbano, totalizando 22 projetos. A Equatorial Pará e a CEMIG foram as únicas contratantes do leilão.