Geração de energia solar fotovoltaica cresce 28,9% no Brasil em abril

A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 28,9% em abril, para 4.100 megawatts médios (MWmed), ante 3.180 MWmed no mesmo período de 2024, mostra o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No levantamento, são consideradas apenas as usinas de geração centralizada.

As eólicas e térmicas também apresentaram incremento no mês, com avanços de 23,1% e 9%, respectivamente. Na mesma base de comparação, as hidrelétricas registraram queda de 8,2% na geração de energia elétrica. No total, a produção de energia no SIN registrou 74.274 MW médios, redução de 1,5% em relação ao igual período anterior.

De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN apresentou queda de 2,2% em abril, registrando 75.515 MW médios. O Ambiente de Contratação Livre (ACL), apresentou queda de 1,3%, e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou queda 2,8%.

Os estados do Ceará (3,4%), Piauí (3,7%), Acre (5,8%), Pará (7,7%) e Maranhão (15,0%) apresentaram as maiores altas, enquanto Mato Grosso (-5,6%), Paraná (-6,4%), Rondônia (-7,3%), Amapá (-9,9%) e Mato Grosso do Sul (-12,8%) as maiores quedas.

Entre os ramos, saneamento (5,0%) e extração de minerais metálicos (13,5%) apresentaram as maiores altas, enquanto manufaturados diversos (-7,3%), transportes (-7,9%) e comércio (-12,8%) as maiores quedas.

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Acionamento de usinas térmicas

Na última terça-feira (14/05), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) deliberou pela recomendação de antecipação do início do suprimento de energia de empreendimentos termelétricos contratados no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2021. A medida tem como objetivo reforçar a segurança do atendimento eletroenergético nacional a partir de agosto de 2025.

A reunião também tratou da situação do subsistema Sul, que apresenta nível de armazenamento inferior aos demais do SIN. Para mitigar os riscos, o comitê recomendou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a intensificação de ações junto aos agentes para reduzir as defluências mínimas de usinas hidrelétricas nas bacias da região Sul.

Além disso, o ONS deverá maximizar a transferência de energia elétrica a partir dos demais subsistemas, podendo despachar geração termelétrica próxima ao centro de carga, com o objetivo de elevar os limites do intercâmbio de energia para o subsistema Sul, ou substituir esse despacho por outros recursos energéticos competitivos locais.

Em abril, a passagem frequente de frentes frias pelo país favoreceu a ocorrência de precipitação nas bacias localizadas na região Sudeste, na calha principal do Paraná, na bacia do rio Madeira e nos trechos de cabeceira dos rios Araguaia, Xingu e Tapajós, com totais superiores à média climatológica. Nas demais bacias com relevante participação hidrelétrica do SIN, os totais de precipitação observados foram inferiores à média.

Conforme o ONS, as projeções de afluência no período de maio a outubro estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT), tanto no cenário inferior (63% da MLT), como no superior (82% da MLT), e o cenário geral é de pleno atendimento das demanda do país.

A partir de julho, a estimativa é de redução dos níveis de armazenamento em alguns subsistemas. Se o cenário inferior se confirmar, a Energia Armazenada no Sudeste/Centro-Oeste ao final de outubro de 2025 seria cerca de 2 pontos percentuais (p.p.) abaixo do valor verificado para o mesmo período no ano passado.

Confirmando-se o cenário superior, por sua vez, o valor deste ano seria cerca de 4 p.p. superior em relação ao do ano passado. As mesmas projeções para o SIN indicam, para o final de outubro deste ano, a manutenção do percentual na condição menos otimista e de aproximadamente 6 p.p superior no cenário mais favorável em relação ao verificado para o mesmo mês em 2024.