Espanhola STI Norland dobra participação no segmento de rastreadores solares no Brasil
Empresa saiu de uma fatia de 18% em 2018 para 39% em 2019, de acordo com o relatório “Global Solar PV Tracker Market Share 2020


A espanhola STI Norland, especializada no segmento de rastreadores solares, dobrou sua participação de mercado ao longo do último ano no Brasil. A empresa saiu de uma fatia de 18% em 2018 para 39% em 2019, de acordo com o relatório “Global Solar PV Tracker Market Share 2020”, publicado pela consultoria britânica Wood Mackenzie, referência em pesquisas na área de energia, química e mineração.
Saiba mais: O que é energia mecânica | Energia química
Em segundo e terceiro lugares no ranking estão a Soltec, com 36% do mercado brasileiro de rastreadores, e a Valmont, com 12% de participação. O relatório da Wood Mackenzie aponta para um crescimento de 62% no mercado para rastreadores solares no Brasil entre 2018 e 2019, que saltou de 1.227 MW para 1.992 MW cobertos com a tecnologia.
Os grandes projetos de geração centralizada respondem por 70% da demanda por rastreadores. Essas estruturas, também conhecidas como trackers, são acopladas aos módulos fotovoltaicos e permitem seguir o sol de leste a oeste, gerando energia com maior eficiência.
No Brasil desde 2015, a STI Norland produz rastreadores solares de eixo único e estruturas fixas e alcançou em 2019 a marca de 2 GWp de energia vendida no país. Globalmente, a STI Norland aumentou sua oferta de rastreadores em 84% e hoje é uma das seis principais indústrias do segmento. O bom momento da energia fotovoltaica no Brasil foi um dos fatores que contribuíram para o resultado global da companhia, de acordo com Javier Reclusa, CEO da STI Norland Brasil.
“Nos últimos quatro anos, acompanhamos o ritmo de crescimento do mercado brasileiro de geração fotovoltaica, duplicando o faturamento a cada ano”, diz Reclusa. Para 2020, a estimativa é manter a trajetória de crescimento – a empresa não viu a necessidade de rever os planos de expansão, mesmo com a pandemia de Covid-19. “Até o momento, a pandemia afetou pouco nosso faturamento, já que 90% dos projetos são voltados para o mercado livre de energia e o segmento foi pouco afetado”, diz o CEO.
Com uma fábrica localizada em Camaçari (BA), onde fica também o centro de distribuição, a empresa viu a rotina alterar pouco com a pandemia. Seguiu produzindo normalmente, com os devidos cuidados relacionados à higiene dos colaboradores e no escritório, em São Paulo, 70% dos funcionários passaram a trabalhar em sistema de home office. A produção local permitiu à empresa reduzir os custos de produção, os prazos de entrega e obter o selo Finame, do BNDES, que ajudou a ampliar o mercado, ao possibilitar que os clientes acessem o financiamento de projetos em condições mais favoráveis.

Andrea Vialli
Jornalista, especializou-se na cobertura de economia e sustentabilidade, temas que acompanha desde 2001. Formada em Comunicação Social/Jornalismo pela UNESP. Pós-graduada pela Fundação Dom Cabral em Gestão para a Sustentabilidade e com especialização em Economia Verde pelo Schumacher College, do Reino Unido. Trabalhou nos jornais Gazeta Mercantil, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo e atualmente colabora com grandes veículos. É uma das dez jornalistas brasileiras indicada na categoria Sustentabilidade para o Prêmio Comunique-se 2019. Também realiza trabalhos em comunicação institucional (publicações, relatórios de sustentabilidade e consultoria).
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