Levantamento mostra startups brasileiras que podem atuar em gargalos do setor de energia
Levantamento da aceleradora Quintessa apresentou 192 novas empresas com potencial desenvolvimento em frentes importantes, como o uso de fontes renováveis


Estudo da aceleradora Quintessa apresenta 192 startups brasileiras que podem ajudar o País a enfrentar questões urgentes ao setor de energia. Um mapeamento com mais de 4,5 mil empresas indicou aquelas com maior potencial para atuar em três frentes: uso de fontes renováveis, eficiência energética, monitoramento e gerenciamento de energia.
Conforme a Quintessa, grande parte dessas startups têm capacidade de auxiliar a indústria privada e setores públicos na melhor utilização de recursos energéticos, na oferta de energias renováveis, além de ajudar a entender possíveis e melhores cenários.
A aceleradora destacou a presença de 100 startups com foco em energia solar, o que demonstra a força e crescente demanda por essa fonte. Além de ser uma fonte limpa, ela também gera impacto social, criando empregos verdes e se apresentando como uma alternativa para consumidores impactados pelos aumentos de tarifas de eletricidade.
Entre essas startups, o estudo cita a Revolusolar, que instala placas fotovoltaicas em comunidades cariocas, e a Litro de Luz, que está levando energia para muitas comunidades remotas no Brasil e já faz parcerias com diferentes empresas.
Eficiência energética
Outras 20% das startups estão focadas em eficiência energética, ou seja, em otimizar a geração de energia utilizando menos recursos naturais ou custos. Alguns exemplos são soluções que se acoplam a chuveiros para aquecer a água gastando menos energia, ou como a Energia das Coisas, que monitora todos os equipamentos eletrônicos e propõe planos para economia de energia.
Neste mesmo sentido, há 21 (11%) especializadas em gerenciamento de energia para empresas ou indústrias, que conseguem entender as necessidades e apresentar as melhores soluções em energia limpa.
Outro exemplo é a startup Lemon Energia, que desenvolveu um sistema que conecta PMEs e geradoras de energia eólica, solar ou de biogás. Desta forma, é possível que comércios e donos de estabelecimentos contratem eletricidade diretamente de um fornecedor, assim permitindo negociar preços mais baixos e ainda sabendo que consumirá energia de uma fonte limpa.
Oportunidades para grandes empresas
A diretora do Quintessa, Anna de Souza Aranha, explicou a importância de a indústria olhar para Startups que possam contribuir para resolver muitos dos problemas energéticos do país. “Essas 192 startups podem oferecer oportunidades de melhora em gargalos de sustentabilidade de grandes empresas, sendo potenciais parceiras de negócios e fornecedoras.”
"Mais do que aumentar a capacidade produtiva e resolver os problemas de energia de suas companhias, os empresários precisam entender a importância disso tudo perante a sociedade. Buscar alternativas aos combustíveis fósseis e hidrelétrico não é uma opção, é uma obrigação de todos", afirmou a diretora da Quintessa.
O estudo do Quintessa também demonstra que há startups com este intuito espalhadas pelo Brasil, mas, a maioria está no Sudeste, especificamente em São Paulo (40%), seguido de Minas Gerais (15%) e Rio de Janeiro (10). Esse padrão é comum para qualquer segmento, dado que a região concentra a maior base de startups e empresas do país, e também a maior parte da produção de energia.
O levantamento destaca para Minas Gerais, que concentra 20% da produção de energia solar do Brasil, e por isso conta com mais da metade das startups do estado neste segmento, 15 no total.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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