Valinhos (SP) tem supermercado com maior produção de energia solar em telhado na região

O supermercado Flex Atacarejo, em Valinhos, no Estado de São Paulo, acaba de inaugurar um sistema fotovoltaico em seu telhado, que possui uma potência 485 KWP (quilowatt-pico) e corresponde a 90% da energia utilizada pelo local. No total, foram instalados 1,8 mil módulos fotovoltaicos em uma área de 3,6 mil metros quadrados.

O sistema foi projetado instalado pela empresa NR2 Energia Sustentável. A expectativa é que, com a geração de energia solar, limpa e sustentável, o atacadista evite a emissão de 495.000 kg de CO2 (dióxido de carbono) por ano, além de trazer uma economia significativa para o supermercado.

O projeto é considerado a maior instalação homologada pela CPFL em um telhado, seja em tamanho e em produção. "Percebemos há algum tempo essa tendência de um varejo mais sustentável. É muito legal sentir a democratização deste tipo de energia e poder investir nela, trazendo sustentabilidade e um impacto positivo no meio ambiente, sem perder a potência energética", explica Amilcar Pavan, sócio proprietário do Flex Atacarejo.

“O sistema funciona por um modelo de compensação, onde a energia durante o dia é produzida em excesso para suprir as horas que não fazem sol ou mesmo à noite”, explica Renato Oliveira, profissional da NR2 Energia Sustentável.

A preocupação com o impacto ambiental tem impulsionado alternativas sustentáveis para a geração e consumo de energia, ao passo que as novas tecnologias têm facilitado a democratização da fonte solar. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), entre o período de 2019 e 2020, houve um crescimento de 63% na capacidade de geração de energia limpa e renovável por meio do sol no país, saltando de 4,6 gigawatts (GW) para 7,5 GW, tanto na modalidade distribuída quanto na centralizada.

Uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, apontou que a expectativa nos próximos cinco anos, é que os investimentos das energias solar e eólica possam gerar mais de 1,2 milhão de novos empregos. "O sistema é bom para todo mundo, pois é totalmente sustentável, auxilia na geração de empregos e também tem um custo mais baixo", conclui Pavan.

Hoje, o estado de São Paulo é o segundo maior em potência instalada no Brasil, somando 12,4% da capacidade nacional, quase empatado com o Rio Grande do Sul, que detém 12,3% dessa capacidade. Na liderança está Minas Gerais, com 28,1% da capacidade nacional.