São José do Rio Preto (SP) vive “boom” no mercado fotovoltaico
Empresas planejam expandir seus negócios com novos projetos para produzir energia solar na região


A região de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, vive um “boom” no setor de energia solar. Esse crescimento é explicado pela redução no gasto com a conta de luz proporcionado pelo sistema fotovoltaico, menor custo dos equipamentos e mais incentivos, além da maior consciência dos consumidores em relação a importância do consumo de energia limpa e renovável para o meio ambiente.
Segundo a Ecori Energia Solar, em 2020 a companhia registou um aumento de 75% em novas instalações na comparação com 2019. Em consequência disso, o quadro de funcionários da empresa aumentou em 25% no período. Neste ano, a perspectiva não mudou. Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o crescimento já alcança 39% entre janeiro e março.
Para atender a maior demanda, a Ecori também passou a expandir seu centro de distribuição. O último foi inaugurado em Barueri (SP), no ano passado. A expectativa da empresa é inaugurar mais quatro este ano.
De olho nesse crescimento, a Flora Energia planeja iniciar a sua primeira usina em São José do Rio Preto. A ideia é finalizar a obra em junho. A companhia já investiu R$ 55 milhões em 13 usinas espalhadas pelo país. Cada uma tem capacidade de atender, 1,5 mil consumidores.
A Lumensol Engenharia Elétrica, que atua há 25 anos na cidade, também vai inaugurar uma microusina de geração energia solar no edifício residencial Holt Place, da Hugo Engenharia, localizado no Condomínio Reserva da Mata, em Rio Preto. A microusina conta com 52 painéis de 465 watts cada, totalizando uma potência de 24,1 quilowatts-pico (kWp), com previsão de geração mensal de 2.900 quilowatts-hora (kWh/mês). Isso significa uma economia média mensal de R$ 2.200,00 para as áreas comuns do empreendimento. A construtora investiu R$ 100 mil e estima ter o retorno do investimento entre quatro e cinco anos.
Até agosto do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontou que Rio Preto era a quarta cidade que mais gerava eletricidade a partir da luz solar em São Paulo, com 7,3 MWp, atrás de Campinas (9,4 MW), Ribeirão Preto, (8,9 MW) e São Paulo (8,6 MW). Há seis anos, a cidade contava com apenas 57 unidades geradoras de energia solar.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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