Risen Energy culpa inflação de matérias-primas para saída de projeto
Empresa afirma ser uma vítima do aumento de preços de silício policristalino e que tentou renegociar valores com a Focus Energia


A Risen Energy culpou o forte aumento de preços de matérias-primas do setor solar pela saída do Projeto Futura 1, desenvolvido pela Focus Energia. A companhia foi substituída pela Trina Solar como fornecedora de módulos fotovoltaicos para o empreendimento de 671 megawatts (MW), atualmente em construção no município de Juazeiro (BA).
Leia mais: Focus Energia troca fornecedor de módulos por descumprimento de contrato
Por meio de comunicado enviado ao Portal Solar, a Risen apontou que a indústria chinesa foi afetada pelo rápido e constante aumento de custos, com os preços dobrando entre abril de 2020 e abril de 2021. “Nós somos uma vítima da inflação dos preços de silício policristalino”, comunicou.
A empresa afirmou que queria que o contrato fosse cumprido, desde que a Focus aceitasse um novo preço. “Tentamos negociar novamente em razão dessa inflação louca. Então eles enviaram essa declaração de rompimento”, diz a mensagem.
Leia mais: Focus Energia garante que manterá o cronograma do Projeto Futura 1
Em entrevista dada ao Portal Solar na última quarta-feira (21/7), o CEO da Focus, Alan Zelazo, declarou que a troca ocorreu para garantir o cumprimento do cronograma de entrega do projeto.
“Eu preciso ter firmeza do meu suprimento para que eu possa colocar o parque de pé em um momento em que o País precisa de energia e para fazer frente a comercialização com preços que tragam segurança”, disse Zelazo.
Conforme fato relevante divulgado pela Focus na terça-feira (20/7), o rompimento ocorreu diante da negativa da fornecedora em cumprir as condições acordadas. A troca vai elevar o valor do investimento de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,74 bilhões.
A Focus assinalou no comunicado que está tomando as medidas jurídicas cabíveis em relação ao contrato, uma vez que esse prevê ressarcimentos integrais dos impactos causados à companhia
A empresa garantiu que manterá o cronograma do Projeto Futura 1. Composto por 22 usinas, o complexo tem o início das operações planejadas para o abril de 2022. Zelazo ainda afirmou que a obra segue em andamento com 550 pessoas trabalhando no local.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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