Neoenergia recebe módulos fotovoltaicos para usina de 150 MW na Paraíba
Projeto de geração centralizada é desenvolvido em Santa Luzia e terá energia comercializada no mercado livre


A Neoenergia recebeu os primeiros módulos solares da usina Neoenergia Luzia, localizada na Paraíba. Ao todo, serão instaladas 228.780 peças do modelo CS7N, fabricado pela Canadian, com potências unitárias de 650Wp, 655Wp e 660Wp. O empreendimento terá potência total de 149,3 MWdc, suficiente para abastecer mais de 150 mil residências, e marca a estreia da empresa na geração fotovoltaica centralizada.
Os componentes são bifaciais, ou seja, podem captar a radiação solar direta e também a irradiação refletida pelo solo na face inferior do módulo. Além disso, serão instalados trackers da STI Norland para acompanhar o posicionamento do Sol ao longo do dia, ampliando a captação da luz solar.
“A usina solar Luzia é um projeto estratégico para a ampliação da nossa capacidade instalada em energia limpa e para a diversificação do nosso portfólio de geração com a introdução da fonte fotovoltaica, cumprindo os nossos compromissos de contribuir para a descarbonização e o desenvolvimento sustentável do País”, afirmou a diretora de Renováveis da Neoenergia, Laura Porto.
“A instalação do parque gera também benefícios socioambientais para a região e desenvolvimento econômico, além da criação de cerca de 800 empregos nas obras”, destacou a executiva.
Sinergia com projeto eólico
A construção da usina solar foi iniciada em maio de 2021, com antecipação em relação ao plano de negócios. A previsão da companhia é que a operação comercial do novo empreendimento seja iniciada no segundo semestre deste ano.
A usina solar está localizada no município de Santa Luzia, no Sertão Paraibano. De acordo com a empresa, isso permite sinergia operacional com o Complexo Eólico Neoenergia Chafariz e a linha de transmissão Neoenergia Santa Luzia, que tiveram a operação comercial iniciada em 2021.
O parque fotovoltaico está alinhado ainda ao posicionamento da companhia na liberalização do setor elétrico brasileiro e terá a sua energia voltada ao Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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