Focus Energia avança na estruturação de complexo solar na Bahia
Fazenda fotovoltaica Futura 1 tem previsão de iniciar a operação em abril de 2022, com 671 MW de capacidade instalada


A Focus Energia avançou na estruturação do complexo solar fotovoltaico Futura, na Bahia. A empresa reforçou a estrutura de capital após captar R$ 765 milhões no mercado financeiro neste ano, viabilizando a execução da primeira fase do empreendimento que terá 1,4 gigawatts (GW) de potência instalada. No total, o projeto em desenvolvimento será composto por 45 usinas, que quando concluídas somarão mais de 3 GW.
No primeiro trimestre, a Focus fechou a contratação dos rastreadores (trackers) com a Soltec e finalizou a contratação dos principais fornecedores de equipamentos para o Futura 1 (671 MW). Os trackers são dispositivos que se movimentam para fazer os módulos fotovoltaicos acompanharem a movimentação da luz solar. Em março, o projeto obteve parecer de acesso pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), confirmando a viabilidade técnica de conexão e o uso das instalações de transmissão. O Futura 1 tem previsão de iniciar a operação em abril de 2022.
“Já durante o mês de abril tivemos algumas evoluções importantes para o Projeto Futura 1, como a emissão da Licença Prévia (LP) da Linha de Transmissão de 500kV, conclusão do pull-out test dos trackers pela Soltec, instalação do canteiro funcional, além do avanço da supressão vegetal da primeira usina do Projeto Futura”, informou o CEO da Focus, Alan Zelazo, em comunicado ao mercado.
Já a fazenda solar Futura 2 (701,5 MW) está prevista para iniciar a produção ao longo do primeiro semestre de 2023. Em 24 de fevereiro, a Focus conquistou a Licença de Instalação (LI) para o empreeendimento.
Resultado Financeiro
A Focus Energia reportou lucro líquido de R$ 14,9 milhões no primeiro trimestre de 2021, crescimento de 66,3% em relação ao resultado do igual período do ano passado. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrado foi de R$ 21,1 milhões, 68,9% maior na mesma base de comparação.
O resultado do primeiro trimestre da companhia ainda apontou 1.361 gigawatts-hora (GWh) comercializados no mercado livre, frente aos 1.978 GWh vendidos no mesmo período de 2020. Segundo a empresa, a redução no volume é explicada por uma posição mais conservadora adotada nas operações de comercialização devido às incertezas do período úmido, que trouxeram maior volatilidade aos preços dos contratos de energia no curto prazo.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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