Fernando de Noronha terá usina de energia solar com baterias
Projeto prevê ações para substituir geradores a diesel no arquipélago e atingir 85% de descarbonização


Uma usina de energia solar fotovoltaica combinada a um sistema de baterias deverá ser construída em Fernando de Noronha. A iniciativa integra o projeto Noronha Verde, que visa alcançar até 85% de descarbonização no arquipélago que, hoje, é majoritariamente abastecido a diesel. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 300 milhões.
Na última sexta-feira (01/01), o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma portaria que autoriza a Neoenergia Pernambuco a ampliar a geração renovável no território. A empresa terá 30 dias para apresentar um plano de investimento para o projeto.
A iniciativa, que envolve o Governo Federal, por meio do MME, e o Governo do Estado de Pernambuco, será licenciada pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco), mediante anuência do ICMBio.
Estão previstas ainda ações de eficiência energética para conscientização da população com foco no consumo eficiente da energia elétrica na ilha visando à sustentabilidade e à qualidade do fornecimento neste sistema isolado.
Conforme o MME, as novas aplicações irão garantir maior segurança energética, com ampliação da oferta de energia para os 140 mil moradores e turistas que passeiam pela ilha durante o ano. O uso de baterias permite o armazenamento de energia solar para consumo em momentos em que não há produção na usina, especialmente durante a noite.
A iniciativa define, ainda, a condição de que esses investimentos não tragam custo adicional para os consumidores. O próximo passo é a distribuidora dar prosseguimento ao licenciamento ambiental nos órgãos competentes federais e locais.
Pioneirismo na energia solar
O território de Fernando de Noronha conta com alguns dos projetos pioneiros de energia solar no Brasil. Em 2014 e 2015, duas usinas de geração solar fotovoltaica foram inauguradas pela Neoenergia no arquipélago.
Situadas no Comando da Aeronáutica e na placa de captação de água pluvial da Compesa, as Usinas Noronha I e II têm potência instalada de aproximadamente 1 MWp (megawatt-pico), o que resulta na geração estimada de 100 MWh/mês, quase 10% do consumo da ilha.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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