Leilão para suprimento aos sistemas isolados inclui geração solar e soluções de armazenamento de energia

O Leilão para atendimento aos mercados consumidores dos sistemas isolados incluirá projetos de geração solar fotovoltaica e soluções de armazenamento de energia. O edital foi aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na última terça-feira (23) e publicado na sexta-feira seguinte (26). O certame está previsto para ocorrer em 30 de abril pela internet.

Conforme a agência, serão licitados cinco lotes de soluções para suprimento de energia elétrica aos consumidores de locais ainda não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O edital contempla 23 localidades de 22 municípios em cinco estados: Acre (3), Amazonas (5), Pará (10), Rondônia (2) e Roraima (3). No total, a potência requerida pelos empreendimentos é de 97,278 megawatts (MW).

A publicação no Diário Oficial da União dispõe que a energia adquirida poderá ser proveniente de qualquer fonte, tanto renovável (hídrica, solar, eólica, biomassa e biogás), quanto fóssil, ou ainda o uso misto de fontes e tecnologias, contendo ou não solução de armazenamento de energia.

O início de suprimento de todos os lotes está previsto para 1º de abril 2023. O período de suprimento varia de 28 meses a 60 ou 180 meses, a depender da previsão de interligação e da fonte. “Os períodos de suprimento mais longos foram estabelecidos para localidades sem previsão de interligação: até cinco anos para fontes renováveis e até quinze anos para energia proveniente de gás natural”, destacou a ANEEL.

De acordo com a agência, as soluções de suprimento poderão considerar o uso misto de fontes e tecnologias, inclusive de armazenamento de energia e devem atender todas as localidades que compõem cada lote.

A maior parte da geração local desconectada do SIN do Brasil está na região Norte, nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará, além o arquipélago de Fernando de Noronha e algumas localidades do Mato Grosso.

Boa Vista (RR) é a única capital do país que ainda é atendida por um sistema isolado. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), o consumo nessas localidades é baixo e representa menos de 1% da carga total do país.