Novas aplicações e crescimento de projetos no mercado livre devem acelerar expansão da geração solar centralizada
Segundo especialistas, fonte fotovoltaica entrou recentemente no radar dos investidores do ACL em função de avanços tecnológicos e ganhos de competitividade


O desenvolvimento de novas aplicações da tecnologia fotovoltaica e o crescimento do número de projetos no ambiente de contratação livre (ACL) devem impulsionar a expansão da representatividade da geração solar centralizada na matriz elétrica brasileira, afirmou o diretor de desenvolvimento de negócios da Enel, Jean Bellavia. A fala foi feita durante webinar promovido essa semana pela Fundação Getúlio Vargas.
“Novos usos da fonte, como o armazenamento, projetos híbridos e hidrogênio verde, junto com o crescimento de empreendimentos fotovoltaicos no mercado livre, vão acelerar a entrada da geração solar centralizada na matriz. Acho que veremos números diferentes nos próximos anos”, disse o executivo.
Na mesma transmissão, o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, avaliou que a fonte solar entrou recentemente no radar dos investidores do mercado livre, em função de avanços tecnológicos e ganhos de competitividade.
“Efetivamente, estamos vendo os primeiros passos da energia solar fotovoltaica em grandes projetos no mercado livre. Até 2018, a fonte não era uma referência de competitividade nesse ambiente, mas isso mudou a partir do ano seguinte e a tecnologia ganhou mais espaço em 2020”, destacou o dirigente.
“Esperamos que, com a expansão que deve acontecer cada vez mais puxada pelo mercado livre, a solar apresente um portfólio de projetos com preços competitivos. Vem aí uma participação cada vez maior e mais relevante dessa fonte na matriz”, assinalou Sauaia.
O diretor-geral da Watt Capital, Eduardo Tobias, ilustrou a aceleração desse movimento no mercado livre através de números da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “Projetos fotovoltaicos com viabilidade alta de entrada em operação previstos para 2021 e 2022 somam 1.77 GW, sendo 1250 MW só no ACL e 520 MW no ambiente de contratação regulada. Esse é um número que ilustra o estoque de PPAs que foram assinados nos anos anteriores.”
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a fonte solar lidera a expansão do setor elétrico nos próximos cinco anos com 14,8 GW de projetos em construção e 92% de sua geração destinada ao mercado livre de energia elétrica.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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