Movimento de consumidores livres de energia que investem em autogeração solar cresceu em 2020

Declaração é da diretora da Comerc Energia, Josiane Palomino, feita durante o evento 360 Solar

MOVIMENTO DE CONSUMIDORES LIVRES DE ENERGIA QUE INVESTEM EM AUTOGERAÇÃO SOLAR CRESCEU EM 2020
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O movimento de consumidores livres de energia que investem em autogeração solar cresceu em 2020, afirmou a diretora de gestão de geradores e geração distribuída da Comerc Energia, Josiane Palomino. Ela explicou a utilização de painéis fotovoltaicos também oferece vantagens econômicas para quem se encontra dentro do ambiente de livre contratação (ACL).

“Vemos uma progressão da migração de consumidores para o mercado livre e começa a surgir essa oportunidade. Já vemos pessoas que estão no ACL e tomam essa decisão de investir em autoconsumo junto a carga, contribuindo para a redução do consumo com um painel atrás do medidor. O número de consumidores buscando essa solução tem aumentado nos últimos tempos, isso ficou bem evidente ao longo de 2020”, declarou Josiane, em entrevista para a edição online do evento 360 Solar.

Ela destacou que ter um sistema de geração junto a carga é benéfico, independente do ambiente em que o consumidor está localizado, mas que o custo evitado difere entre o ACL e o mercado cativo. “Quando se fala de uma solução solar junto a carga numa geração distribuída, há um custo de oportunidade associada a tarifa cativa de uma distribuidora. O racional da decisão do investimento é uma análise de payback nesse contexto.” 

“Quando se faz essa mesma análise no mercado livre, o modelo tem uma alteração, porque é preciso se basear em um preço de energia diferente, que tende a ser menor do que a tarifa cativa. Daí vem a lógica de migração para o ACL”, detalhou a diretora.

“A geração associada a carga ajuda com alguns custos associados ao consumo, como os encargos, por exemplo. É um projeto que faz todo sentido e independe do ambiente que você está. Nos dois cenários, cativo ou livre, há benefício”, assinalou.

Na entrevista, Josiane também ressaltou o crescimento da fonte solar tanto no mercado de geração distribuída (GD) quanto na geração centralizada. “Está mais do que claro que a solar veio para ficar. A fonte se desenvolveu de maneira muito intensa, principalmente ao longo de 2020. Quando olhamos os números de potência instalada, percebemos que há um crescimento considerável, especialmente na geração distribuída.” 

“Na geração centralizada, os números vão pelo mesmo caminho. Quando observamos os últimos leilões realizados pelo governo, vemos uma participação cada vez maior da fonte solar, que, de maneira até disruptiva, vem colocando muita fé no mercado livre, destinando uma parcela muito grande desses empreendimentos a esse ambiente”, apontou a diretora.

Ela avalia que esse cenário, em parte resultante da paralisação dos leilões federais, tem gerado desafios para a financiabilidade dos projetos. “A partir de um momento em que os leilões começam a ter demanda relativamente reduzida, o movimento começa a se voltar para o mercado livre, que é onde está de fato o grande vetor de expansão da comercialização de energia elétrica.” 

“Até então, o empreendedor tinha um caminho muito claro: vai ao leilão, faz um contrato de venda de longo prazo e com esse recebível associado a planta consegue um financiamento. A partir do momento que não tem essa contrapartida associada ao mercado regulado, se torna um desfio para os bancos e para os empreendedores buscar esses recebíveis e formas de financiar os projetos. Esse é um ponto que ainda demanda desenvolvimento e novas soluções.”

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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