Aurora Energia busca parceiros para implantar usinas solares no Brasil
Desenvolvedora conta com portfólio de 8 GW de capacidade em Minas Gerais e trabalha com a perspectiva de investir R$ 15 bilhões até 2025


A Aurora Energia busca parceiros estratégicos para viabilizar a implantação de usinas fotovoltaicas localizadas no norte e nordeste do estado de Minas Gerais. A desenvolvedora conta com uma carteira de 8 GW em projetos, a maior parte com autorizações e licenças ambientais garantidas.
De acordo com o presidente da empresa, Fabricio Lopes, a perspectiva é investir cerca de R$ 15 bilhões até 2025. "Nosso capex de implantação está estimado em R$ 30 bilhões. A meta até 2025, se nada mudar no cenário, é investir mais ou menos R$ 15 bilhões", disse em entrevista ao Portal Solar.
Em dezembro de 2020, a Aurora Energia vendeu para a mineradora Vale o projeto Sol do Cerrado (1,35 GW). A primeira etapa contempla a construção de 766 MWp de capacidade instalada em Minas, além da implantação de subestação elevadora, linha de transmissão e bay de conexão, com investimentos estimados em US$ 500 milhões.
O início da operação está previsto para o quarto trimestre de 2022 e irá proporcionar redução de cerca de US$ 70 milhões por ano no custo de energia elétrica da Vale. A geração solar, localizada na região Sudeste, também otimiza o perfil de geração do portfólio da mineradora, que tem em sua base a geração hídrica. A Aurora permanece no negócio como arrendatária do terreno onde será construída a central geradora.
A estratégia da empresa compreende atrair grandes consumidores interessados na redução de gastos com eletricidade e em consumir energia renovável. "A nossa estratégia é, realmente, ir para o mercado livre, trazendo um parceiro estratégico que agregue no PPA (Power Purchase Agreement), ou parceiros que consumam bastante energia, como empresas do setor siderúrgico que estão no submercado Sudeste", explicou o executivo.
Segundo Lopes, o grande gargalo é a falta de infraestrutura de transmissão de energia elétrica. "Hoje a gente não tem como escoar muita coisa porque tem uma falta de conexão do sistema. Geralmente esses grandes projetos escoam a produção pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e isso está bem limitado", disse.

Wagner Freire
Jornalista com Bacharel em Comunicação Social pela FMU e pós-graduado em Finanças. Especialista com mais de 10 anos de experiência na cobertura do mercado de energia elétrica, tendo trabalhado no Estadão, CanalEnergia, Jornal da Energia, Revista GTD e DCI.
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